24 de maio de 2010

Museu do Ouro de Bogotá


El Museo del Oro del Banco de la Republica de Colombia preserva e investiga uma das coleções mais importantes da metalurgia pré-colombiana no mundo. Ao longo de uma história que remonta a 1939, esta instituição tornou-se um emblema da memória cultural da Colômbia.
A exposição permanente do Museu do Ouro mostra a história do ouro e outros metais entre as sociedades que habitavam o atual território da Colômbia. É organizado em quatro salas de exposições e uma sala de exame:

O trabalho dos metais
Na sala El trabajo de los metales se descobrem os processos do minério e o trabalho do metal que está por trás de todos os objetos do Museo del Oro.




As pessoas e o ouro na Colômbia
A coleção do Museo del Oro, iniciada em 1939 por el Banco de la República, nos mostra a vida social e  cultural dos grupos humanos que viveram na Colômbia desde 2.500 anos antes da conquista européia. Quem são essas pessoas? Como viveram? Quais eram as suas crenças e tradições? Como se relacionavam com o meio ambiente? 
A sala  La gente y el oro en la Colombia prehispánica propõe um caminho  de norte a sul do país para conhecer os climas, os ambientes e as antigas sociedades que viveram sobre a cadeia montanhosa dos Andes e litorais do Pacífico e Caribe, as regiões onde antigamente se trabalhou com o metal.



Os objetos  parecem flutuar, graças aos suportes que os separam do fundo translúcido da vitrine, e estão perfeitamente iluminados com a tecnologia de leds. Ao visitante é permitido dessa forma uma relação pessoal e íntima com cada um desses objetos.
 
 
Cosmologia e simbologia





Nós não podemos saber exatamente o que  pensavam essas sociedades milenares, e , certamente, como entre os índios de hoje, houve grande variedade de  formas de conceber o mundo e a existência em suas cosmologias. No entanto, entre os índios no presente existem semelhanças no conteúdo e formas de pensamento simbólico. Existem também os encontros entre o simbolismo indígena de hoje e os objetos de seus antepassados de 500 ou 2.000 anos atrás. 



O Simbolismo dos Caciques

Um rico simbolismo de objetos e idéias rodeava os caciques. Eles se consideravam descendentes de divindades e relacionados com seres poderosos como o jaguar. Era proibido olhar em seus rostos e com frequência seu pés não deviam tocar o solo, tinham várias esposas, serventes  e grandes casas. Quando morriam eram mumificados e depositados em grandes tumbas com grandes cercados que se transformavam em santuários.
Esmeraldas, plumas de guacamaya, conchas marinhas, resinas e outros bens estrangeiros davam prestigio aos caciques.  Chegavam de lugares distantes e desconhecidos, por longas cadeias de troca.  O ouro era associado ao sol por sua cor, brilho intenso e imutabilidade. Os adornos dourados expressavam a origem celestial e divina do poder dos governantes.
Os caciques usavam posturas corporales y gestos diferentes de seus subalternos. Os significados dessas posturas y gestos manifestavam seus vínculos com seres de níveis superiores. Ao cobrir-se com ouro, o cacique se apropriava das forças procriadoras do sol. Encarnavam nesta terra os poderes de um mundo consideravelmente superior.


























En muchas cosmovisiones amerindias no existe una diferencia radical entre humanos y no humanos. Personas, animales, plantas, rocas y objetos son gente; distintos tipos de gente, dotados con un alma o espíritu. La gente-danta, la gente-pescado y las demás viven en comunidades, cosechan, tienen sus casas y bailan como los hombres. Cada tipo de gente tiene una forma particular de ver el mundo, una perspectiva propia determinada por su cuerpo, un cuerpo-ropaje removible y cambiable a voluntad. Ponerse plumas, adornarse o pintarse significan mudar el cuerpo-ropaje y transformar así la perspectiva frente al mundo.
La persona ataviada con atuendos de animales, ancestros o espíritus míticos, incorporaba los nombres, capacidades y características de esas especies o seres. Mujeres-ave, hombres-vampiro y hombres-serpiente revelan un universo de transmutaciones. Transformada en hombre-vampiro, la persona observaba el mundo al revés; como mujer-ave, trascendía a otras dimensiones del cosmos.
Con una “segunda piel” compuesta de adornos, pinturas y ropajes, los danzantes ingresaban a otra realidad y temporalidad. Percibían el mundo con ojos de cocodrilo, colibrí, planta, ancestro o divinidad.
Mediante la transformación en aves como cóndores, águilas, tucanes y loros se adquirían vistosos picos y plumajes, al igual que extraordinarias facultades: alto vuelo, visión aguda y destreza en la cacería. Según antiguos mitos, en el comienzo de los tiempos unas aves negras, chamanes ancestrales, trajeron en sus picos la luz a la tierra y a los primeros clanes les entregaron sus territorios. Los sacerdotes y chamanes, algunos vistos como genuinos hombres-aves, realizaban un vuelo mágico a través del universo. Su parafernalia con figuras de aves les daba poderes para emprender estos largos viajes.
Algunas sociedades enseñaron a hablar a los papagayos para reemplazar a veces con ellos a las víctimas de los sacrificios. Para estos grupos, el lenguaje transmutaba a estas aves en humanos.


Os homens felinos





O jaguar foi um símbolo associado a religião e ao poder desde tempos inmemoriales  na América. Evidências materiais e textos revelam que personagens de alto escalão tinham nomes alusivos a felinos, utilizavam adornos com suas peles, pintavam-se com suas manchas e possuíam colas y uñas largas. Crônicas narram que caciques e sacerdotes se transformavam en “grandes gatos” e  que durante as cerimônias se comunicavam com outros espíritos de jaguares.
Para os nativos das Américas pré-colombianas, algumas espécies de animais possuíam poderes extraordinários. Em muitas das representações da época, jaguares e morcegos em especial aparecem fundidos à imagem humana. Acreditavam que, quando o homem se unia a um desses animais, ganhava imensos poderes e passava a controlar a chave que dá acesso aos segredos da vida e da morte.


O  dignatário transformado em jaguar adquiria força, agilidade, agressividade, visão aguda e astúcia. Com elas atuava para proteger e curar sua gente e vingar-se de seus inimigos.
Os colares e outros adornos de felino transformavam a pessoa em um autêntico predador. Rugia como um trovão, arqueava e  desafiava com suas garras, enquanto seu espírito andava pelo bosque em busca de uma presa.
 

Sala da Oferenda

A sala da oferenda, refere-se ao sentido desta arte religiosa, em um ambiente de penumbra onde seis vitrines cilíndricas conectam céu e terra. La Balsa Muisca, é o  objeto que simboliza o mito e  a cerimônia do Dourado, introduz o  tema da oferenda que realizava o cacique e o xamâ para promover o restaurar o equilibrio do mundo.


Em seguida, a Sala de Consulta oferece aos visitantes a oportunidade de desfrutar o video Poporo, realizado em 2004 pelo artista Luis Cantillo, inspirado nos objetos do Museu. Esta obra de arte digital recebeu o prêmio da Bienal de Videoarte del BID em Washington e o segundo prêmio no festival FILE 2004 de Sao Paulo, Brasil.


O Exploratorium promove a interatividade e reflexão sobre a diversidade e a  importância do patrimônio preservado pelo Museu.
As exposições foram completamente renovados em Novembro de 2008.
















Veja mais imagens no Flickr
Site oficial do Museu: www.banrep.org/museo

Um comentário:

  1. Antonio Carlos Maron Abujamra26 de janeiro de 2013 às 12:24

    Estive no museo do ouro em Bogotá á 20 anos e assiti a uma apresentação que não esqueço mais a sala é oval e vãe caindo a noite com rugidos de feras e passaros cantado e vãe anoitecendo,em seguida começa o amanhecer com barulho de agua corrente e vãe clareando e mais passaros cantando foi espetacular não sei se ainda é assim

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