24 de maio de 2010

Dennis Oppenheim


Artista conceitual e de performance americano, Dennis Oppenheim iniciou os seus estudos de arte em 1959, aos 21 anos, na California College of Arts and Crafts, em Okland, EUA. Saiu de lá em 1964, rumo à Universidade de Stanford, onde estudou por cerca de um ano.
No início de uma carreira que se mostraria fecunda, Oppenheim se dedicou à land art – ou earth art, modalidade de arte que considera o terreno como parte da obra – e envolvia grandes projetos, documentados em fotografias.
No começo dos anos ‘70, o artista se voltou para trabalhos performáticos, como “Reading Position for Second Degree Burn” (“Posição de Leitura para Queimadura de Segundo Grau”), de 1970, em que ele se deita sob o sol por cinco horas com um livro sobre o peito, até a pele queimar e uma silhueta do livro ficar gravada sobre o corpo. Isso, para Oppenheim, era uma forma de pintura.
A partir de 1973, ele adquiriu especial interesse por instalações mecânicas. Em “Attempt to Raise Hell” (“Tentativa de Criar o Inferno”), datado de 1974, por exemplo, ele construiu um manequim que batia a sua cabeça contra um sino de prata a cada 100 segundos.
De 1979 em diante, ele começou a fazer o que chamou de “Factories” (“Fábricas” ou “Manufaturas”), que eram construções maquinais, permanentes ou temporárias, similares aos trabalhos de Jean Tinguely.
“Final Stroke: Project for a Glass Factory” (“Golpe Final: Projeto de uma Fábrica de Vidro”), de 1980, consiste de uma elaborada construção metálica que incorpora partes elétricas móveis e um aquecedor de butano. A obra vinha acompanhada de uma narrativa que descrevia um mecanomórfico – tradução livre do neologismo “mechanomorphic” – encontro entre um homem e uma mulher, que remontava aos “Large Glass” (“Grandes Óculos”) de Duchamp (1915–23).



Os “Factories” foram sucedidos pelos espetaculares “Fireworks” (“Trabalhos de Fogo”), séries de construções mecânicas (1981-2) que empregavam motores elétricos e trabalhos de fogo. Ele também produziu armações tradicionais na década de 80, usando fragmentos de metal e outros materiais, como na obra de 1983-84 “Roots in Cubism, Hearts in the Stars (Forest for Cézanne)” - “Raízes no Cubismo, Corações nas Estrelas (Floresta para Cézanne)”. 


‘chair pool’ by dennis oppenheim, 1996


Gathering
1993
Aço, moldes de cera de abelha
42 x 190 x 115 cm



Submerge Faces
2001
Fibra de vidro, aço, madeira, placas de acrílico
14' X 30' X 30



Bus Home
2002
Aço, acrílico, concreto, luz elétrica
26' X 100' X 50''


Engagement
1997
Aço, vidro, luz elétrica, concreto



Flying Gardens, 2005

 Electric Kiss, 2009


Wave Forms, 2007


HORIZONTE EXPANDIDO
Entre 25 de maio e 15 de agosto, o Santander Cultural vai mostrar trabalhos de alguns dos nomes mais importantes nas artes visuais nas décadas de 1960 e 1970. A exposição HORIZONTE EXPANDIDO apresentará 72 obras de 16 artistas que influenciaram radicalmente a cena contemporânea como Gordon Matta-Clark, Nancy Holt, Vito Acconci, Dennis Oppenheim e os precursores da performance filmada Bas Jan Ader e Valie Export – exibidos pela primeira vez em Porto Alegre.

São instalações, imagens, filmes, fotografias, ações, textos e documentos selecionados pelos curadores, os artistas e pesquisadores André Severo e Maria Helena Bernardes. Estão presentes na mostra obras de vanguarda seminais, como o filme Spiral Jetty, que registra a célebre intervenção paisagística de Robert Smithson, as atividades de Allan Kaprow, o criador do happening, e séries fotográficas e filmes de Ana Mendieta, Marina Abramovic e Chris Burden.

A Nau Produtora, empresa criada há pouco mais de um ano por um grupo local de artistas, é quem assina a elaboração da proposta, produção executiva, projeto expográfico, montagem e execução da exposição.
Para saber mais - AQUI

Um comentário:

  1. Unas imágenes preciosas de unos temas muy originales. Gracias por mostrar.

    Saludos.-

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