10 de setembro de 2010

Caspar David Friedrich



Caspar David Friedrich (5 de setembro de 1774 - 7 de maio de 1840) foi um  grande paisagista, pintor, gravurista, desenhista e escultor alemão. Friedrich é o mais puro representante da pintura romântica alemã. Suas paisagens primam pelo simbolismo e idealismo que transmitem.
Caspar David Friedrich nasceu em um período em que a sociedade da Europa estava se movendo de uma forte inclinação materialista para um sentimento de desilusão, onde novos impulsos espirituais começavam a se fazer sentir. Essa mudança encontrou expressão em uma reapreciação do mundo natural, visto com uma criação divina pura, em contraste com a artificiosidade da civilização construída pelo homem.
Quando iniciou seu trabalho profissional preferia a pintura em aquarela, passando às telas a óleo em data incerta, possivelmente quando já tinha cerca de trinta anos. Seu tema preferido era a paisagem, e ele fez diversas viagens ao interior e ao litoral do Báltico em busca de inspiração. Suas obras muitas vezes possuem uma atmosfera nostálgica, com brumas, árvores secas, e dramáticos efeitos de luz, onde ele foi um mestre, especialmente em sua fase madura, e onde foi um inovador. Fazia muitos e minuciosos apontamentos em desenho para seus quadros, que são quase tão meticulosos quanto os estudos. 

Uma das características mais originais de sua obra é o uso da paisagem para evocação de sentimentos religiosos, e daí sua fama de místico. Buscava não só descrever a beleza natural, como faziam os neoclássicos, mas fazia daquela beleza uma ponte para uma reunião sublime entre o observador solitário e o ambiente magnífico. Em suas palavras, "o artista devia não só pintar aquilo que vê diante de si, mas também o que vê dentro de si". São frequentes em suas telas os céus grandiosos, as tempestades, as ruínas e as cruzes, testemunhas da presença de Deus. Símbolos da morte também não são raros, como o barco que se afasta da praia, ou a árvore seca, outra referência pagã. Equilibrando o sentimento de abandono e desespero estão em outros momentos os símbolos da Redenção, como a cruz contra um céu claro que promete a vida eterna, a âncora na praia que alude à esperança, ou a lua crescente que sugere o renascimento e uma progressiva aproximação a Cristo.

À medida que os anos passam o pessimismo parece ganhar terreno, refletido em obras mais sombrias e de uma monumentalidade opressiva. São típicas desta fase O mar de gelo e O naufrágio do Esperança, que justamente por seu tom medonho não foram bem recebidas. A partir de 1830 se tornou quase um recluso, desdenhando as críticas e pintado apenas para seus amigos. O escultor David d'Angers, que o visitou nesta época e ficou impressionado com suas obras, disse que ele foi o criador de um novo gênero de pintura, conseguindo transmitir o sentimento de tragédia apenas através da paisagem. Friedrich Escreveu uma coleção de aforismos sobre estética, onde deixou clara sua abordagem da Natureza. Neles, dizia:


"Fecha teu olho corpóreo para que possas antes ver tua pintura com o olho do espírito. Então traz para a luz do dia o que viste na escuridão, para que a obra possa repercutir nos outros de fora para dentro"


 As fases da vida


Garganta  rochosa, 1822 

 Navegando, 1818


O mar de gelo, 1823-1824

 A lua crescente sobre o mar, 1822

Os penhascos de Rügen,1818.

 O viajante sobre o mar de névoa, 1818




3 comentários:

  1. Great choice, some of those paintings are superb, especially the Traveller on A sea of fog

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  2. Forgotten beauty's,very vice choice!!
    Thanks, Willy.

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  3. I like very much too, Friedich, thanks for the post.
    Regards.
    Felisa

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