22 de abril de 2010

Christo Javacheff


Escultor norte-americano, Christo Vladimirov Javacheff nasceu a 13 de Junho de 1935, em Gabrovo, na Bulgária, e estudou escultura na Escola de Belas-Artes de Sofia, entre 1952 e 1956. Em 1958 instalou-se em França, onde conheceu a artista Jeanne-Claude de Guillebon com quem se casou e se associou profissionalmente. Em 1964 vai viver em Nova Iorque.
Entre 1958 e 1963, realiza em Paris os seus primeiros trabalhos, um conjunto de objetos que denomina embrulhos e para os quais utiliza garrafas, caixas, roupa ou plástico. Nesta altura junta-se ao grupo KWY, formado por seis artistas portugueses e um pintor alemão, causando especial interesse da crítica pelos objetos embrulhados que expõe em Paris e em Lisboa. A ideia de revestir objetos facilmente identificáveis com uma nova pele aproxima-se da prática de transformação de objetos familiares bastante difundida pelos novos realistas na década de 60. Entre as peças que produz durante este período pode referir-se, como exemplo, a escultura "Máquina de Calcular Embrulhada", realizada em 1963.
Em 1969 os seus trabalhos ganham maior escala e adquirem igualmente um carácter efémero. A intervenção "Costa Embrulhada", de 69, inicia o conjunto de grandes intervenções que o tornaram mundialmente conhecido. Entre 1970 e 1972 realiza o Valley Curtain, que consistia numa grande tela laranja colocada entre duas encosta de um vale. Quatro anos depois concretiza, na paisagem árida da Califórnia, um projeto ainda mais vasto, o "Running Fence", o qual usa uma vedação em tela de nylon com cerca de cinco metros de altura e com uma extensão de trinta e oito quilômetros. Estas obras serviram como tema de filmes documentários dos realizadores Albert e David Maysles.
Noutros grandes projetos, propõe o embrulho de ilhas na baía de Biscayne (Florida, 1983) e a colocação de enormes guarda-chuvas nas paisagens da Califórnia (1991).
Se a eleição do ambiente natural como suporte ou objeto das suas acões o aproximam das tendências da Land Art, algumas intervenções em edifícios ou estruturas arquitetônicas em meios urbanos cortam com a exclusividade do meio natural como suporte para a obra de arte. Os trabalhos em que embrulhava grandes objetos ou edifícios inteiros tornaram-se os mais famosos e mediáticos da sua carreira. São exemplo as intervenções efémeras na Pont Neuf, Paris, realizada em 1985, e no Reichstag de Berlim em 1995.
Dois denominadores comuns acompanham o trabalho de Christo e de Jeanne-Claude: a vontade de esconder e transformar objetos fortemente ancorados no imaginário do público, através da colocação de um véu que lhes dá uma qualidade irreal e a abordagem de uma vasta gama de escalas, desde pequenos objetos e máquinas a estruturas arquitetônicas completas ou setores de paisagem.

Wrapped Trees, Riehen, Switzerland 1997 - 1998

 Reichstag

Mais de 100.000m2 de tecido de polipropileno à prova de fogo, cobertos por uma camada de alumínio e 15km de cordas. Berlim, Alemanha.

 

 Running Fence 
California

  Wrapped Coast - 1969 -  Austrália 


Surrounded Islands - 1983 
 Miami


The Gates Project 
New York City Central Park - 2005

The Wall - 13.000 barris de óleo
Gasometer, Oberhausen, Germany, 1999

"Ponte Neuf Wrapped - Paris, 1985

 
Vallery Curtain, Colorado, 1970 - 72

Wrapped Walk Ways, Loose Park,
Kansas City, Missouri. 1977-78


Fonte:
http://www.infopedia.pt

3 comentários:

  1. Gostei muito deste espaço! Cheio de arte e poesia! Bem estruturado com um conteúdo bem interessante! Espero sua ilustre visita no meu blog: www.extremamentetenue.blogspot.com
    Abraço com carinho!

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  2. Querida Fabiana,
    É muito gratificante receber tua visita, teu comentário e acima de tudo ter a oportunidade de conhecer tua arte. Um abraco pra ti :)
    Volte sempre!

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  3. Hoje enviei para todos od blogs que sigo este comentário para reflexão. A história é uma galeria de quadros onde há poucos originais e muitas cópias O 25 Abril de 1974 sendo uma revolução pintou com cravos um marco na história mundial como um movimento pacifista conseguindo mudar as ideias e o rumo dum povo em busca dum sonho. É um sonho inacabado mas será sempre um sonho de liberdade e democracia. e homens libres são aqueles que não receiam ir até ao fim da sua razão. Abaixo deixo o link da música que operacionou no dia da revolução dos cravos, vale a pena pela musicalidade, espero que gostes!
    http://www.youtube.com/watch?v=ci76cKwFLDs

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