25 de fevereiro de 2010

História dos vitrais artísticos


História dos vitrais artísticos
 
Inicialmente de proveniência oriental, eram compostos exclusivamente pela colocação lado a lado de vidros coloridos unidos entre eles pelo rejunte formando figuras abstratas. Sucessivamente, no transcorrer do século VIII encontrou aplicação e desenvolvimento no mundo ocidental difundindo-se a utilização da tela de chumbo que consente um amplo emprego do vitral em diversas e arrojadas soluções arquitetônicas. No curso do século sucessivo a introdução da grisaglia consentiu um refinamento da expressão pictórica criando um sombreado e evidenciando particularidades do desenho mediante a utilização deste pó que é espalhado, retocado e então fixado sobre o vidro depois do cozimento. Nos séculos seguintes predominou a utilização do vidro para a criação de vitrais na arquitetura religiosa. É sobretudo a França que acolhe e desenvolve esta forma de arte alcançando extraordinárias expressões e realizações durante o XII século, como os vitrais da Catedral de Reims, de St. Denis e Chartres (esta última com uma superfície que compreende um total de cerca de 7.000 metros quadrados). Os vitrais se desenvolvem com a arquitetura romântica mas a grande revolução e o seu momento de máximo esplendor se dá com a arquitetura gótica. Neste período os vitrais, cúmplices pela sua particular linha arquitetônica, se ampliam e se lançam alcançando e superando os três metros de altura. Em torno ao século XIV se pode presumivelmente datar a descoberta do "amarelo de prata" que consente o enriquecimento de tonalidades cromáticas sob a mesma chapa de vidro e confere luminosidade e profundidade às cores.
Na Itália esta forma de arte se afirma mais tarde em consideração à França, Espanha e Alemanha e se caracteriza principalmente pelo excessivo uso da grisaglia assumindo características de uma verdadeira e própria pintura sobre vidro. Siena, Assisi e Firenze são recordadas por suas extraordinárias realizações efetuadas pelos maiores artistas italianos. Os séculos sucessivos se caracterizam pela descoberta de modalidades expressivas entre as quais a técnica do "plaquet" (dois vidros, um transparente e um colorido, que são sobrepostos) e a introdução de esmaltes coloridos que levam a arte dos vitrais sempre mais de encontro a uma forma pictórica sobre vidro branco.

Os séculos XVII e XVIII constituem um período de declínio e apenas no século XIX se assiste a um retorno de interesse com a reascenção gótica na qual se tendeu a recuperar e redescobrir as características da arte do período passado. Se procedem numerosos restauros de obras antigas consentindo de tornar a valorizar de técnicas empregadas originariamente.


Sucessivamente será o
Art Nouveau* a abrir uma nova e moderna época de expressão dos vitrais artísticos e particularmente o seu grande expoente americano Louis Comfort Tiffany*(1848-1933) capaz de inventar um novo método de construir vitrais em vidro colorido, desfrutando com grande habilidade dos jogos de luz e dos efeitos da iridescência obtidos do vidro opaco que era muito difundido naquele período.

A partir deste momento até os nossos dias, os vitrais artísticos passaram a ser cada vez mais usados como um objeto de decoração "profano" evidenciando um seu destaque cada vez maior do seu uso fora do âmbito exclusivamente religioso dos séculos precedentes.

Técnicas para Vitrais
Começaremos a descrição desta técnica deixando de lado as fases iniciais que se referem ao projeto e ao corte das pastilhas de vidro. Recordamos apenas que se deve deixar um espaço em torno ao vidro para a solda. Principalmente deve se haver a disposição um apoio sobre o qual trabalhar.
Uma vez que o vitral é organizado se procede a fixar os pontos de intersecção: se faz uma solda em todos os pontos de união. O mesmo deve ser efetuado no lado de trás do vitral. Deve-se controlar corretamente a temperatura do soldador para que ela não seja excessivamente quente. A este ponto o trabalho vai consistir em completar todos os vãos existentes entre os vidros. O lado do avesso também deve ser controlado.
Existem diferentes efeitos que podem ser obtidos com o soldador. Assim como existem pátinas especiais que podem ser aplicadas após, dando efeitos especiais, de acordo com a sua composição. Recomenda-se aplicar a pátina após 24 horas que o trabalho tenha terminado.
O vitral é pronto. E pode ser lavado com sabão detergente neutro, para eliminar os eventuais traços de gordura. 


 Vitrail vitraux stained-glass Création d'un vitrail Atelier

 
Presentation de Vitrail saint Georges - Vitrail Center


 O imenso vitral da Glorificação de Nossa Senhora, obra-prima da arte cristã medieval, na Catedral de Chartres.

Vitrais e o altar-mor da Catedral de Notre-Dame


Dogwood - Louis Comfort, art nouveau

 Tree of Life - Louis Comfort, art nouveau

Vista da Baía Oyster - Metropolitan Museum of Art, Nova York
Louis Comfort

Para conhecer mais sobre vitrais acesse o seguinte endereço:
http://houdelier.com/index.htm

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