27 de janeiro de 2010

Arthur Conan Doyle



Nasceu em Edimburgo, Inglaterra, em 22 de maio de 1859.
Conan Doyle fez sua educação no Stonyhurst Colege, na Alemanha, e na universidade de Edimburgo, onde, em 1881, terminou o curso de medicina e quatro anos mais tarde o doutorado em medicina.
Ainda bastante jovem encetou numerosas viagens pelas regiões árticas e costa ocidental da África. Nessa época escreveu várias obras, que foram publicadas anos mais tarde.
No ano de 1891 conquistou enorme popularidade com as "Aventuras de Sherlock Holmes". A medida que avançou fama como escritor, a prática de medicina de "Sir" Arthur Conan Doyle foi relegada a plano secundário.
 
Conan Doyle, cujo nome repercute por todo o mundo, é um dos escritores mais lidos da moderna literatura inglesa. O poder extraordinário de sua imaginação, a comunicabilidade natural do seu estilo, a espontaneidade de suas criações, fizeram dele um escritor universal, admirado e amado por todos os povos. No Brasil, nossa gente o incluiu, há muito, entre os seus ídolos literários. É tanto assim, que ainda agora a Melhoramentos está lançando as obras de Conan Doyle em edições sucessivas, divididas em três linhas de lançamentos; a Série Sherlock Holmes, a Série Ficcção Histórica e a Série Contos e Novelas Fantásticas.
Não se precisaria de mais nada para demonstrar o interesse do público brasileiro pelas obras de Doyle. Nem de mais nada para se demonstrar a grandeza literária desse verdadeiro gigante das letras inglesas. Não obstante, as três séries acima não abrangem toda a obra de Conan Doyle. O famoso precursor dos métodos científicos de pesquisa policial foi também um historiador, tendo escrito obras como "The Great Boer War" e "History of the British Campaign in France and Flanders". Foi ainda um dos maiores e mais lúcidos escritores espíritas dos últimos tempos, em todo o mundo, revelando admirável compreensão do problema espírita em seu aspecto global, como ciência, filosofia e religião.
Vemos, assim, que há mais duas séries de obras - a de história e a de espiritismo - que podem ser consideradas como afluentes diretos deste verdadeiro delta literário da vida de Conan Doyle, que é a "História do Espiritismo".
Neste livro, realmente, todas as qualidades do escritor e do homem estão presentes. Nele são sintetizados os resultados de todos os seus estudos, de todas as suas experiências. trata-se, pois, de um livro de interesse fundamental, para o estudo da vida e da obra do grande escritor.E só não o chamaremos básico, porque ele não está no alicerce, mas na cúpula. É aquilo a que os engenheiros chamam de "Chave-de-abóbada". Para que o leitor não pense que estamos exagerando, vamos tentar uma rápida explicação desse fenômeno de convergência.
Conan Doyle, aplica neste livro as suas qualidades de escritor de estilo direto. vivo, objetivo, extraordinária capacidade de síntese, precisão descritiva e narrativa, agilidade quase nervosa no encadeamento do enredo, brilho e colorido nas expressões. Aplica ainda a capacidade de análise e a perspicácia sherloquianas, o rigor do método histórico, a capacidade de visão panorâmica dos acontecimentos. Ao lado disso tudo, temos a grande compreensão humana dos numerosos episódios e problemas enfrentados, essa compreensão que o leva a explicar as quedas mediúnicas de alguns personagens e a perdoar generosamente os que não souberam explicá-las. O escritor e o homem, depois de uma vida e uma obra, se fundem neste livro, que é feito ao mesmo tempo de papel e tinta, músculos e sangue, cérebro e nervos.
O historiador está presente neste livro, que é sobretudo uma obra de história. O romancista e o novelista aqui estão, na múltipla tessitura das narrativas que se sucedem, capítulo por capítulo. O autor policial, na perspicácia de apreensão dos fatos, na maneira segura com o que vai conduzindo o leitor através dos enigmas do enredo. O criador de ficção histórica, no aproveitamento dos fatos reais para a construção da grande trama do livro. O autor de histórias fantásticas, na capacidade de penetrar o mistério, de invadir o reino do invisível, de enxergar o que apenas se entremostra nos lampejos das manifestações mediúnicas. O espírita se manifesta no interesse pelos fatos e pela sua interpretação na compreensão da grandeza e da importância do movimento espírita mundial.
O médico Arthur Conan Doyle, o homem voltado para os problemas científicos, o pensador, debruçado sobre as questões filosóficas, e o religioso, que percebe o verdadeiro sentido da palavra religião - todos eles estão presentes nesta obra gigantesca, suficiente para imortalizar um escritor que já não se houvesse imortalizado.
Esta, pois, é uma obra de confluência. Um delta literário, no qual o fenômeno Conan Doyle se consuma, e pelo qual, afinal, se transcende a si mesmo.
Arthur Conan Doyle desencarnou na Inglaterra, no dia 07 de julho de 1930.

Um comentário:

  1. Olá Rosa, estou aqui outra vez. E cada vez que retorno, não me arrependo. Há muito que queria ler mais sobre esse personagem maravilhoso da literatura mundial Conan Doyle. Foi bom ter estado aqui, melhor só se tivesse te encontrado! Abraço forte.

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