Um dos grandes nomes da pintura moderna brasileira ganha homenagem na mostra "Un brésilien à Paris" (Um brasileiro em Paris), em cartaz de 30 de março a 30 de abril, no espaço Maison de l'UNESCO, na capital francesa.
A exposição apresenta 40 obras do mestre da pintura abstrata brasileira, entre óleos sobre telas e aquarelas. São peças produzidas ao longo de 30 anos, entre 1947 e 1967, ano da morte do pintor na França, país com o qual Bandeira manteve laços estreitos durante toda a sua vida.
Realizado pela Expomus (São Paulo), com o apoio da Lei Rouanet, o projeto reuniu peças vindas de coleções particulares e institucionais do Rio de Janeiro, Fortaleza e Salvador, entre elas o Acervo do Museu Nacional de Belas Artes/Ministério da Cultura, o Museu Castro Maya e a Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ.
Além das telas e gravuras, o público terá a chance de conferir documentos que detalham a vida de Antonio Bandeira, como cartas, fotografias, convites, catálogos de exposições e artigos de jornais e revistas. Todo o material da mostra está compilado em um catálogo bilingue (em português e francês), escrito por Vera Novis, com prefácio de Patrick-Gilles Persin, renomado crítico francês, especialista em arte moderna e contemporânea.
Saiba mais sobre Antonio Bandeira
Antonio Bandeira nasceu em Fortaleza em 1922 e morreu em Paris em 1967. Ele é considerado hoje como um dos 10 maiores pintores brasileiros e um dos mais importantes de sua geração.
Autodidata, aos 23 anos ele deixa sua cidade natal e se muda para o Rio de Janeiro, estimulado por Raymond Warnier, Adido Cultural da França. Em 1945, Bandeira participa da exposição do Instituto dos Arquitetos do Rio de Janeiro e é contemplado pela Embaixada da França com uma bolsa de estudos em Paris.
Entre 1946 e 1950, em Paris, freqüenta a Escola Superior de Belas Artes e a Académie de la Grande Chaumière. Durante a estadia na capital francesa, Bandeira estabelece contatos com artistas de movimentos de vanguarda como o cubismo e fauvismo, onde consolida a sua "pintura gestual abstrata", como ficou conhecido o seu trabalho.
Nessa época, Bandeira conhece Camille Bryen et Wolfgang Schulze - conhecido como Wols -, com os quais cria o grupo Banbryols (iniciais dos nomes dos três pintores), que durou de 1949 a 1951, ano da morte de Wols. O encontro com Wols é decisivo em seu trabalho e a sua influência é incontestável.
Antonio Bandeira volta então ao Brasil, onde empreende uma produção intensa até 1954: participa das Bienais de São Paulo, expõe em museus do Rio de Janeiro, recebe prêmios por diversas mostras e participa da 26a Bienal de Veneza. Em 1965, o artista retorna a Paris e participa de várias exposições, entre elas uma no Museu de Arte Moderna de Paris. Morre em 1967, aos 45 anos, vítima de um choque pós-operatório.
Serviço:
"Un brésilien à Paris"
MAISON DE L’UNESCO
Sede da UNESCO
7, Place de Fontenoy
75007 - Paris - França
Tel. : +33 1 45 68 05 23
De 30 de março a 30 de abril.
De segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. Fechado em dias feriados.
Entrada gratuita
MAISON DE L’UNESCO
Sede da UNESCO
7, Place de Fontenoy
75007 - Paris - França
Tel. : +33 1 45 68 05 23
De 30 de março a 30 de abril.
De segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. Fechado em dias feriados.
Entrada gratuita
Fonte: UNESCO
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