5 de fevereiro de 2010

Ernesto Nazareth

Ernesto Júlio de Nazareth nasceu na cidade do Rio de Janeiro, aos 20 de março de 1863. Filho de Vasco Lourenço da Silva Nazareth, despachante aduaneiro, e Carolina Augusta da Cunha Nazareth, teve como local de nascimento a modesta casa de seus pais, situada num dos flancos do Morro do Nheco (depois chamado Morro do Pinto), entre os bairros de Santo Cristo e Cidade Nova. Ainda criança, começou a estudar piano com a mãe, excelente pianista. Já aos 10 anos, sofreu violenta concussão na cabeça, ao cair de uma árvore; isso deu início a uma série de problemas auditivos que o levariam, no correr dos anos, à quase completa surdez. 
Em 1874, após o falecimento de Carolina Augusta, passou a receber lições de Eduardo Madeira, amigo da família, e mais tarde, de Lucien Lambert, afamado professor francês aqui radicado. Com o primeiro estudou cerca de ano e meio, com o segundo teve somente oito aulas. Depois disso, seguiu sozinho, fazendo-se praticamente autodidata. Quanto aos estudos propedêuticos, estes foram ministrados pelo padre Belmonte, no Colégio São Francisco de Paula, à Praça Tiradentes


Em 1877, com a idade de 14 anos, compôs sua primeira música, a polca-lundu Você bem sabe , editada no ano seguinte pela Casa Arthur Napoleão & Miguèz, situada à Rua do Ouvidor, nº 89. Dois anos depois, já com as características do “tango brasileiro”, gênero que posteriormente consagraria o seu nome, teve publicada a polca Cruz, perigo!! , rapidamente popularizada.
Aos 8 de março de 1880, portanto doze dias antes de completar a idade de 17 anos, tomou parte de um recital no Salão do Clube Mozart; pode ter sido esta sua primeira apresentação pública, pois até o momento não se conhece outra com data mais antiga. Composta e impressa em 1881, a polca Não caio n'outra!!! tornou-se, pelo número de reedições, seu primeiro grande sucesso.
Em 1885, participou de concertos nos clubes Rio Comprido, Engenho Velho, Riachuelense do Engenho Novo e São Cristóvão. No ano seguinte, ainda tocou em mais um, o Rossini, à Praça Onze. Aos 14 de julho de 1886, na Igreja de São Francisco Xavier do Engenho Velho, casou-se com Theodora Amália Leal de Meirelles (1852/1929), que passou a assinar Theodora Amália Meirelles de Nazareth. Desta união nasceram Eulina (1887/1971), Diniz (1888/1983), Maria de Lourdes (1892/1917) e “Ernestinho” (1896/1962). Nesse tempo, já vivia da venda de suas composições, das aulas particulares de piano e de tocar em bailes, batizados e casamentos. 

Em 1889, apareceu editada sua décima-terceira polca, Atrevidinha ; à mesma época compôs a quadrilha Chile-Brasil , que só veria publicada tempos depois (1897),. No ano de 1893, teve impressos pela primeira vez um “tango” e uma valsa: Brejeiro e Julita , respectivamente. Por volta de 1894, começou a trabalhar como pianista demonstrador da Casa Vieira Machado & Cia., à Rua dos Ourives (depois Rua Miguel Couto), nº 51. Brejeiro tornou-se o maior sucesso de Nazareth no século XIX; no mesmo período, a valsa Helena , primeiramente editada em 1896, também viria a se tornar a mais popular no seu gênero. Por iniciativa do Clube de São Cristóvão, apresentou-se em 1898 no Salão Nobre da Intendência da Guerra; desconhecem-se, contudo, a data exata e o programa executado. Já no ano seguinte, saiu a primeira edição de Turuna , “grande tango característico”.
Em 1901, Ernesto terminou Batuque , “tango característico”. Em 1903, compôs a valsa Coração que sente e, s ob os auspícios da Casa Edison, teve uma composição sua pela primeira vez registrada em disco: Está chumbado (zon-O-phone/X-1.055), gravada pela Banda do Corpo de Bombeiros sob a regência de Anacleto de Medeiros. No ano de 1904, conheceu o célebre pianista norte-americano Ernest Schelling; na época, comentou-se muito no meio musical carioca o fato de o ilustre estrangeiro ter retornado ao seu país levando bom número de composições do nosso artista. Em 1905, saiu em disco pela Casa Edison (Odeon) Brejeiro (“O sertanejo enamorado”), com letra de Catullo da Paixão Cearense e cantada por Mário Pinheiro. Este ano ainda viu as edições princeps dos “tangos” Escovado e Ferramenta ; na partitura desse último, logo abaixo do nome do autor, aparece o mais antigo registro do epíteto “rei do tango”. Pelo menos até o Natal de 1906, o compositor ainda se encontrava trabalhando na Casa Vieira Machado & Cia., à Rua do Ouvidor, nº 147 (novo endereço). 

Em 1907, aos 44 anos, conseguiu emprego de 3º escriturário no Thezouro Nacional; entretanto, nesta atividade, única em sua vida sem qualquer relação com a música, ficou curtíssimo tempo, preferindo afastar-se antes mesmo de fazer as provas para a sua efetivação. No ano seguinte, passou a trabalhar como pianista demonstrador da Casa Mozart, de propriedade do amigo português Lino José Barbosa, situada à Avenida Central (depois Avenida Rio Branco), nº 127. Entre agosto e novembro, convidado pelo maestro Alberto Nepomuceno, apresentou-se por duas vezes na “Exposição Nacional”, evento realizado na Praia Vermelha em comemoração pelo centenário da “Abertura dos Portos”.
No dia 6 de junho de 1909, Nazareth tomou parte em um recital realizado no Instituto Nacional de Música, à época localizado na Rua Luís de Camões, no qual interpretou, de sua autoria, a gavota Corbeille de fleurs e o “tango característico” Batuque . Acompanhou, ainda, Heitor Villa-Lobos na peça Le cygne , de Saint-Saëns, para violoncelo e piano; esta pode ter sido a primeira apresentação pública de Villa-Lobos (que, na ocasião contava 22 anos de idade), pois até hoje não se conhece registro de outra em data anterior. Em 1910, começou a dividir suas atividades entre a Casa Mozart e a sala de espera do antigo Cinema Odeon, à Avenida Central, nº 137, esquina com Rua Sete de Setembro. Nesse mesmo ano, compôs e editou, por conta própria, o “tango” Odeon , dedicado à empresa proprietária do estabelecimento. Dois anos depois, saíram as primeiras edições do “tango” Carioca e da valsa Expansiva , sua peça mais conhecida no gênero. E ainda registrou em discos da Casa Edison (Odeon), acompanhado pelo flautista Pedro de Alcântara, seus “tangos” Odeon e Favorito , mais as polcas Linguagem do coração , de Callado, e Choro e poesia , do próprio Alcântara. 
Em 1913 deixou o Odeon, continuando, porém, com seus afazeres junto à Casa Mozart. São desse ano, também, as edições do “tango característico” Batuque , dedicado ao maestro Henrique Oswald, e da valsa Confidências , dedicada ao poeta e trovador popular Catullo da Paixão Cearense. A polca Apanhei-te, cavaquinho!... , publicada em 1914, alcançaria retumbante sucesso; é da mesma época a edição de um catálogo da Casa Beethoven (Nascimento Silva & Cia.), situada à Rua do Ouvidor, nº 175, no qual constavam os títulos de 19 composições de Nazareth gravadas em rolos de pianola, confeccionados nos Estados Unidos da América.
Em 1917, retornou ao Cinema Odeon, agora exercendo também a função de pianista de uma pequena orquestra, na qual Villa-Lobos, acredita-se, tomava parte como violoncelista. No dia 1º de dezembro faleceu com 25 anos, em conseqüência de profunda anemia, sua filha Maria de Lourdes. Já no ano seguinte, saiu definitivamente do Odeon; é oportuno lembrar que em sua segunda temporada junto a esse estabelecimento, Nazareth conheceu Arthur Rubinstein, Darius Milhaud e Francisco Mignone. Em 1919, começou a trabalhar como pianista demonstrador da Casa Carlos Gomes, à Rua Gonçalves Dias, nº 75, de propriedade do também pianista e compositor Eduardo Souto. E dois anos depois, Villa-Lobos dedicou a ele a peça Choros nº 1 , para violão. Quanto ao “tango” O futurista , terminado e primeiramente editado em 1922, o autor procurou mostrar aos “modernistas” da época que “mesmo que uma música apresente dissonâncias, não precisa ser, necessariamente, desprovida de alguma beleza!...”
E aos 16 de dezembro, a convite de Luciano Gallet, interpretou no Instituto Nacional de Música, à Rua do Passeio, nº 98, seus “tangos” Brejeiro , Nenê , Bambino e Turuna . No final de 1925, deixou a Casa Carlos Gomes, passando a se dedicar aos preparativos de uma turnê por São Paulo. Em abril de 1926, partiu para a terra dos bandeirantes, vindo a se apresentar, inclusive, em suas mais importantes salas: Theatro Mvnicipal e Conservatório Dramático e Musical; seu recital no Theatro foi precedido de uma palestra de Mário de Andrade, na qual o eminente escritor e musicólogo paulistano dissertou sobre a obra do compositor carioca. Esteve ainda em Campinas, Sorocaba e Tatuí. Na ocasião, entusiasmado com as atenções a ele dispensadas, verdadeiramente consagratórias, tratou de ver publicados, entre outros títulos, os “tangos” D esengonçado , Paulicéa, como és formosa!... e Quebra-cabeças , mais as valsas Celestial , Dirce e Elegantíssima .




Onze meses depois, portanto em março de 1927, retornou ao Rio de Janeiro; trouxe consigo os manuscritos dos “tangos” Cruzeiro , Cubanos e Paraíso (estilo milonga). Nesse ano, também editou o “tango” Proeminente , dedicado ao pianista polonês Mieczyslaw (“Miécio”) Horszowski. No mês de dezembro de 1928, levando-se em conta a data da publicação de sua primeira música, Ernesto Nazareth completou cinqüenta anos de atividades artísticas. Aos cinco de maio de 1929, faleceu de causas naturais, aos 74 anos, sua esposa Theodora Amália. E entre o final desse mesmo ano e o princípio do seguinte, Ernesto ainda compôs três marchas carnavalescas: Exuberante , Crises em penca e Comigo é na madeira . Em maio de 1930, terminou aquela que seria a sua última composição: a valsa Resignação
Em setembro, aceitando convite feito por Eduardo Souto, então diretor artístico da Odeon-Parlophon, gravou Apanhei-te, cavaquinho!, Escovado, Nenê e Turuna , sendo comercializado somente o disco que continha as duas primeiras músicas. No ano seguinte, apresentou-se em programas das rádios Sociedade do Rio de Janeiro (atual Rádio MEC) e Mayrink Veiga. Aos 5 de janeiro de 1932, deu recital somente de músicas suas no Studio Nicolas, à Rua Alcindo Guanabara, nº 55, 2º andar.




Poucos dias depois, em companhia da filha Eulina e da amiga Maria Mercedes Mendes Teixeira, partiu de navio para o Rio Grande do Sul, vindo a se apresentar em Porto Alegre , Rosário e Sant'Anna do Livramento. Nessa ocasião, levava consigo sua última composição editada, Gaúcho , “tango brasileiro” oferecido “Ao Nobre Povo Gaúcho”. Encerrada a turnê, rumou para Montevidéu, capital do Uruguai, de onde embarcaria de volta ao Rio de Janeiro. Todavia, durante um passeio por aquela cidade, sofreu séria crise nervosa dentro da casa de instrumentos musicais de Julio Mousqués. Já no Rio, após alguns exames, diagnosticou-se a sífilis. E diante da irreversibilidade do quadro neurológico apresentado, foi o maestro internado, primeiramente na Fundação Gaffrée & Guinle, à época funcionando em um dos pavilhões do Hospício D. Pedro II, na Praia Vermelha, e mais tarde, aos 4 de março de 1933, na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá; de lá fugiu em 1º de fevereiro de 1934, vindo a falecer, possivelmente no mesmo dia, afogado nas águas da represa que existia numa floresta situada aos fundos deste manicômio. Seu corpo foi encontrado no dia 4 e sepultado no dia seguinte, no Cemitério de São Francisco Xavier.
O compositor falecera com a idade de 70 anos, 10 meses e 10 dias. Ernesto Nazareth deixou para a posteridade 88 “tangos”, 41 valsas, 28 polcas e mais hinos, sambas, marchas, quadrilhas, “schottisches”, “fox-trots”, romances, entre outros gêneros, perfazendo um total de 212 composições de autoria confirmada.




Radamés Gnattali tocando Odeon, de Ernesto Nazareth dentro de uma série de programas apresentada por Tom Jobim na década de 80, intitulada "A Música Segundo Tom Jobim" e dirigida por Nelson Pereira dos Santos. Retirado do documentário "Nosso Amigo Radamés" (1991) de Aluisio Didier e Moisés Kendler. 

Choro 'Escorregando', de Nazareth, com Yamandu Costa




Radamés Gnattali tocando Carioca, de Ernesto Nazareth na década de 80, acompanhando um filme mudo (Brasa Dormida, de H. Mauro), como se fazia nas sessões de cinema no início do século, época de Nazareth.
Retirado do documentário "Nosso Amigo Radamés" (1991) de Aluisio Didier e Moisés Kendler. 

Catálogo oficial da obra de Ernesto Nazareth
Elaborado por: Luiz Antonio de Almeida
001 - ADIEU - Romance sem palavras. 1ª Ed. 1898.
Dedicado a seu amigo Virgílio Silvares.
ADORÁVEL - Valsa. Manuscrito incompleto. (00)
Obs. Já existia em 1922.
AI, RICA PRIMA! - Canção.
Obs. Trata-se do tango “Brejeiro”, com letra diferente daquela composta por Catullo.
ALBÍNGIA - Valsa. Manuscrito incompleto. (00)
Obs. Já existia em 1922.
002 - ALERTA! - Polca. 1ª Ed. 1914.
Dedicada ao bom amigo Capitão Mario Novaes Guimarães.
Obs. No manuscrito aparece como “polka militar”.
003 - ALVORECER (O) - Tango de salão. 1ª Ed. 1924.
Dedicado ao prezado amigo e collega Eduardo Souto.
Obs. No manuscrito original aparece com o título de “Ensimesmado”.
004 - AMENO RESEDÁ - Polca. 1ª Ed. 1913.
Dedicada ao glorioso Rancho Carnavalesco do mesmo nome.
005 - ANDANTE EXPRESSIVO - Inédito. (00)
006 - APANHEI-TE, CAVAQUINHO!... - Polca. 1ª Ed. 1914.
Dedicada ao distincto e particular amigo Juracy Nazareth de Araújo.
007 - ARRELIADO - Tango para piano. Inédito. (00)
008 - ARROJADO - Samba (!). 1ª Ed. 1921.
Ao Grupo do Pinho.
009 - ARRUFOS - Schottisch. 1ª Ed. 1900.
010 - ATÉ QUE ENFIM... - Fox-trot. 1ª Ed. 1926 (São Paulo).
Dedicado ao amigo Alfredo Avelino Guimarães Junior.
Obs. No manuscrito aparece como “Time is money”.
011 - ATLÂNTICO - Tango. 1ª Ed. 1921.
Dedicado ao bom amigo Maestro Arturo La Rosa.
Obs. No manuscrito aparece como “tango de massada”.
012 - ATREVIDINHA - Polca para piano. 1ª Ed. 1889.
Dedicada ao seu amigo L. de Araújo.
013 - ATREVIDO - Tango. 1ª Ed. 1913.
Dedicado a seu amigo Dr. Jorge Fragoso.
014 - BAMBINO - Tango. 1ª Ed. 1912.
Dedicado ao bom amigo Cezar d’Araújo.
015 - BATUQUE - Tango característico. Comp. 1901. 1ª Ed. 1913.
Dedicado ao eminente pianista e compositor Henrique Oswald.
016 - BEIJA FLÔR - Polca para piano. Comp. & 1ª Ed. 1884.
Ao Exmo. Snr. Commendador Bernardino José de Souza e Mello.
017 - BEIJA FLÔR - Tango brasileiro. 1ª Ed. 1940 (póstuma).
Ao velho camarada e bom amigo Ernesto Mattos.
Obs. Letra de Ernesto Nazareth.
BEIJINHO DE MOÇA - Tango. Manuscrito incompleto. (00)
018 - BELLA MELUSINA (A) - Polca para piano. 1ª Ed. 1888.
Offerecida a seu amigo Professor Horacio Fluminense.
019 - BICYCLETTE-CLUB - Tango. 1ª Ed. 1899.
Dedicado á Directoria do Bicyclette-Club.
020 - BOM-BOM - Polca para piano. 1ª Ed. 1899.
Offerecida a distinctissima Snra. D. Maria Leonor Amado.
021 - BREJEIRA - Valsa brasileira. Inédita. (00)
Obs. Extraída do tango “Brejeiro”.
022 - BREGEIRO - Tango. 1ª Ed. 1893.
A seu sobrinho Gilberto Nazareth.
Obs. Primeiro “tango” publicado de Nazareth.
023 - CAÇADORA - Polca para piano. 1ª Ed. 1895.
Offerecida a seu amigo Caio Cunha.
024 - CACIQUE - Tango. 1ª Ed. 1899.
Dedicado a seu amigo Alexandre Gama.
CANÇÃO CÍVICA RIO DE JANEIRO - (00)
Obs. Trata-se do “Hymno da Escola Pereira Passos”, com a mesma letra de Leôncio Correia.
CANHOTO (m.g.)
Obs. Talvez seja o primeiro título da “Polca-Tango” (para a mão esquerda). Já existia em 1922.
025 - CAPRICHO - Inédito. (00)
Obs. Já existia em 1922.
026 - CARDOSINA - Valsa. Comp. 1905. Inédita. (00)
Offerecida por Almeida Cardoso & Cia., a seus distinctos freguezes e amigos.
027 - CARIOCA - Tango. 1ª Ed. 1913.
Dedicado ao talentoso e inspirado artista Olympio Nogueira.
028 - CATRAPUZ - Tango. 1ª Ed. 1914.
Dedicado a seu velho amigo Leopoldo de Freitas Noronha.
029 - CAVAQUINHO, POR QUE CHORAS? - Choro brasileiro. 1ª Ed. 1928.
Dedicado a minha prima Aracy Nazareth Montel.
030 - CELESTIAL - Valsa. 1ª Ed. 1926 (São Paulo).
Dedicada a gentil Senhorita Luiza Tosetti.
031 - CHAVE DE OURO - Tango. 1ª Ed. p.v. 1909.
Ao amigo Francisco Soares d’Almeida Junior.
032 - CHILE-BRAZIL - Quadrilha. Comp. 1889. 1ª Ed. 1897.
Offerecida a officialidade da Esquadra Chilena.
033 - COMMIGO É NA MADEIRA - Samba brasileiro. Comp. 1929. Inédito. (00) (00)
CONDOR - Tango.
Obs. Desapareceu ou recebeu outro título.
034 - CONFIDÊNCIAS - Valsa para piano. 1ª Ed. 1913.
Dedicada ao inspirado poeta Catullo da Paixão Cearense.
035 - CORAÇÃO QUE SENTE - Valsa. Comp. 1903. 1ª Ed. 1905.
Á sua distinctissima discipula Snra. Gabriella Cruz.
036 - CORBEILLE DE FLEURS - Gavotte. 1ª Ed. 1899.
Á Candinha Leite Velho.
037 - CORRECTA - Polca. 1ª Ed. 1912.
Dedicada ao bom amigo Antônio Joaquim Fernandes.
038 - CRÊ E ESPERA - Valsa. 1ª Ed. 1896.
A Exma. Snra. D. Bertha Waddington.
039 - CRISES EM PENCA!... - Samba brasileiro carnavalesco para 1930. Inédito. (00) (00)
Obs. Extraído do “Tango-Habanera” e adaptado para samba, com letra de Toneser (anagrama de Ernesto).
040 - CRUZ, PERIGO!! - Polca para piano. Comp. & 1ª Ed. 1879.
Offerecida ao seu particular amigo Georgino Pinto da Silva Leal.
041 - CRUZEIRO - Tango para piano. Comp. 1926. Inédito. (00)
Ao prezado amigo José Camaz.
042 - CUBANOS - Tango. Comp. 1926. 1ª Ed. 1970 (póstuma). (00)
Offerecido ao Grande Industrial Snr. Fernando Rocha Brito.
043 - CUÉRA - Polca-tango. 1ª Ed. 1913.
Dedicada a seu amigo e distincto Gerente do Cinema Odeon, Salvador Dell’Osso.
044 - CUTUBA - Tango. 1ª Ed. 1913.
Dedicado a seu amigo J. Carneiro Machado.
045 - CUYUBINHA - Polca-lundu. 1ª Ed. 1893.
À graciosa neta do seu amigo Dr. Manoel L. de Araujo.
DE TARDE - Música dramática. Inédita. Manuscrito incompleto. (00)
Versos de Augusto de Lima, da Academia Brasileira de Letras. Obs. Seu único manuscrito conhecido encontra-se incompleto. Na primeira, de suas duas seções, encontramos a parte do piano e do canto, porém, na segunda, só a do canto.
046 - DELIGHTFULNESS (Delícia) - Fox-trot. 1ª Ed. 1923.
Dedicado ao meu distincto amigo e collega Aurelino de Azevedo.
Obs. Já existia em 1922.
047 - DENGOZO - Maxixe. 1ª Ed. 1907.
Obs. Composição impressa sob o pseudônimo de Renaud.
048 - DESENGONÇADO - Tango. 1ª Ed. 1926 (São Paulo).
Ao bom e dilecto amigo José Camaz.
Obs. Já existia em 1922.
049 - DIGO - Tango característico para piano. 1ª Ed. 1900.
Dedicado a gentil Senhorita Constança Teixeira.
050 - DIRCE - Valsa-capricho. 1ª Ed. 1926 (São Paulo).
Dedicada á Dirce, gentil netinha do caro amigo Dr. José Pinto de Freitas.
Obs. Já existia em 1922.
051 - DIVINA - Valsa. 1ª Ed. 11/9/1915.
Á memória de Candinha Leite Velho.
052 - DOR SECRETA - Valsa lenta. Comp. p.v. 1927. Inédita. (00) (00)
053 - DORA - Valsa para piano. Comp. 1900. Inédita. (00) (00)
Obs. Há duas dedicatórias em um só manuscrito: 1ª) A sua querida esposa Theodora Amalia de Meirelles Nazareth; 2ª) Dedicada a sua esposa Theodora Amalia Meirelles de Nazareth, desde 1900, só hoje aqui escripta (1926).
054 - DUVIDOSO - Tango. 1ª Ed. 1913.
Dedicado ao seu amigo Julio Braga.
055 - ELEGANTÍSSIMA - Valsa capricho. 1ª Ed. 1926 (São Paulo).
Dedicada á memoria de De Larrique de Faro.
Obs. Já existia em 1922.
056 - ELEGIA PARA PIANO (mão esquerda) - Inédita. (00)
Dedicada a sua querida filha Eulina de Nazareth.
Obs. Já existia em 1922.
057 - ELECTRICA - Valsa rápida. 1ª Ed. 1913.
Dedicada ao amigo e sobrinho Luiz Francisco Leal.
058 - ELITE-CLUB - Valsa brilhante para piano. 1ª Ed. 1900.
Obs. Há um manuscrito, com duas dedicatórias. 1ª) Dedicada ao amigo Dr. Jovino Barral, mui digno Vice Presidente do Elite Club; 2ª) Offerecida aos Snrs. Sócios fundadores e a digna Directoria do Elite Club de 1900-1901.
059 - ENCANTADA - Schottisch. 1ª Ed. 1901.
Dedicada a seu amigo José Gomes Machado.
060 - ENCANTADOR - Tango brasileiro. 1ª Ed. 1970 (póstuma). (00)
Obs. Acredita-se, contudo, que tenha recebido sua 1ª edição em 1927, por Sampaio Araújo & Cia. (Casa Arthur Napoleão).
ENSIMESMADO - Tango brasileiro. (00)
Obs. Quando impresso, recebeu o título de “O alvorecer”.
061 - EPONINA - Valsa. 1ª Ed. 1913.
Dedicada ao distincto amigo Virgilio Werneck Corrêa e Castro.
062 - ESCORREGANDO - Tango brasileiro. 1ª Ed. p.v. 1925.
Dedicada á bella Orchestra da Brahma, dirigida pelo Maestro Russo.
063 - ESCOVADO - Tango. 1ª Ed. 1905.
A seu irmãozinho Fernando Nazareth.
064 - ESPALHAFATOSO - Tango. 1ª Ed. 1913.
Dedicado a seu amigo Dr. Elpídio Trindade.
065 - ESPANHOLITA (HESPAÑOLITA) - Valsa espanhola. 1ª Ed. 1896.
Ao distincto sobrinho Luiz Leal.
066 - ESTÁ CHUMBADO - Tango para piano. 1ª Ed. 1898.
067 - EULINA - Polca. 1ª Ed. 1893.
Dedicada a sua filhinha.
Obs. No manuscrito aparece sob o gênero “polka-lundú”.
068 - EXPANSIVA - Valsa. Comp. & 1ª Ed. 1912.
Ao amigo Edgard Xavier de Mattos.
069 - EXTASE - Romance para canto, piano e violino. 1ª Ed. 1926.
Dedicada á Culta Paulicéa, como prova de gratidão. Maio de 1926.
Obs. Letra de Frederico Mariath.
EXTASE - Romance para piano. 1ª Ed. 1926.
Dedicada a Exma. Snra. D. Ambrosina da Motta Rezende, como prova de gratidão e alta estima.
Obs. Já existia em 1922.
070 - EXHUBERANTE - Marcha carnavalesca para 1930. 1ª Ed. 1970 (póstuma). (00) (00)
Obs. Letra de Toneser (anagrama de Ernesto). Quanto à edição impressa, ainda que não venha com a letra, apresenta a melodia do canto separada.
071 - FACEIRA - Valsa para piano. 1ª Ed. 1940 (póstuma).
Dedicada ao prezado amigo Jacintho Silva.
FADO BRASILEIRO - Inédito.
Obs. Trata-se da mesma música de “Mariazinha sentada na pedra”.
072 - FAMOSO - Tango. 1ª Ed. 1917.
Dedicado ao primo e amigo João Cândido de Castro Leal.
073 - FANTÁSTICA (PHANTASTICA) - Valsa brilhante. Inédita. (00)
Obs. Já existia em 1922.
074 - FAVORITO - Tango. 1ª Ed. 1895.
Á Marietta Nazareth.
075 - FEITIÇO - Tango. 1ª Ed. 1897.
Offerecido a seu amigo L. T. Campos.
076 - FEITIÇO NÃO MATA - Cançoneta. 1ª Ed. p.v. 1929.
Dedicada ao bom amiguinho Edmundo André.
Obs. Publicada como “chorinho carioca” e letra de Ary Kerner.
077 - FERRAMENTA - Fado português. 1ª Ed. 1905.
Homenagem ao arrojado aeronauta Antonio da Costa Bernardes.
Obs. A partir da segunda edição vem impresso como “tango”.
078 - FIDALGA - Valsa lenta. 1ª Ed. 5/8/1914.
Dedicada a sua extremosa tia Ludovina da Cunha.
Obs. No manuscrito aparece com o título de “Douleur suprême”.
079 - FLÔR DOS MEUS SONHOS (A) - Quadrilha para piano.
Offerecida a Associação de S.M. Açoriana Cosmopolita, por Antonio Coelho da Motta, em beneficio do Cofre dos Orphãos.
080 - FLORAUX - Tango. 1ª Ed. 1909.
Au Cercle Floraux.
Obs. No manuscrito aparece com o título de “Cercle Floraux”.
081 - FLORISTA (A) - Cançoneta. 1ª Ed. 1909.
Dedicada a sua filha Marietta.
Obs. Letra de Francisco Telles.
082 - FON-FON! - Tango. 1ª Ed. 1913.
Dedicado ao distincto amigo Mario Baptista Martins Barata.
083 - FONTE DO LAMBARY (A) - Polca para piano. 1ª Ed. 1888.
Offerecida a Empreza das Aguas do Lambary.
084 - FONTE DO SUSPIRO - Polca para piano. 1ª Ed. 1882.
Dedicada a seu amigo o Snr. Lourenço Maximianno Pecegueiro.
085 - FORA DOS EIXOS - Tango carnavalesco para piano. 1ª Ed. p.v. 1922.
Dedicado á Minha Terra.
Obs. Há uma letra, mas sem identificação de autoria.
FRATERNIDADE - Hino infantil. (00)
Homenagem a Escola D. Pedro II.
Obs. Seu único manuscrito conhecido encontra-se incompleto. Não apresenta a parte do piano, somente a linha melódica.
086 - FURINGA - Tango. 1ª Ed. 1898.
Dedicado a um grupo de amadores do Poker.
087 - FUTURISTA (O) - Tango. Comp. & 1ª Ed. 1922.
Dedicado ao distincto amigo Snr. Robert Donati.
088 - GAROTO - Tango. 1ª Ed. 1916.
Sem dedicatória.
089 - GAÚCHO - Tango brasileiro. 1ª Ed. 1932.
Dedicado ao Nobre Povo Gaúcho.
Obs. Última composição editada de Ernesto Nazareth.
090 - GEMENDO, RINDO E PULANDO - 1ª Ed. 3/3/1921.
Dedicado a seu amigo Ruy Barbosa dos Santos.
Obs. Trata-se de um “tango”, ainda que não apresente o gênero na partitura.
091 - GENIAL - Valsa. 1ª Ed. 1900.
Sem dedicatória
092 - GENTES! O IMPOSTO PEGOU? - Polca. 1ª Ed. 1880.
Offerecida ao amigo Raymundo Pereira.
093 - GENTIL - Schottisch. 1ª Ed. 1898.
Dedicada ás moças Brazileiras.
094 - GOTTAS DE OURO - Valsa. 1ª Ed. 1916.
Dedicada a sua querida madrasta e cunhada D. Joanna de Meirelles Nazareth.
095 - GRACIETTA - Polca. 1ª Ed. 1880.
Offerecida a seu tio o Snr. Julio A. P. da Cunha.
Obs. Terceira composição escrita por Ernesto Nazareth.
GRACINHAS DE NHÔ-NHÔ (AS) - Polca. Manuscrito incompleto. (00)
096 - GUERREIRO - Tango. 1ª Ed. 1917.
Ao velho amigo Dr. Hortensio de Carvalho.
097 - HELENA - Valsa para piano. 1ª Ed. 1896.
Offerecida a seu dilecto amigo Virgilio Silvares.
098 - HENRIETTE - Valsa. Comp. 4/1/1901. 1ª Ed. 1902.
Dedicada a seu amigo José Pinto Moreira.
HYMNO AO SR. PREFEITO ALAOR PRATA
Vêr: “Saudação ao Sr. Prefeito Alaor Prata”.
HYMNO DA CONSOLAÇÃO
Obs. Desapareceu ou recebeu outro título.
099 - HYMNO DA CULTURA DE AFETO ÀS NAÇÕES - 1ª Ed. 1926 (Belo Horizonte). (00)
Obs. Com letra de Maria Mercedes Mendes Teixeira, apresenta em seu manuscriito original outro título: “Salve, salve as Nações Reunidas”. E com esta denominação saiu publicado em “O Brasil Cantando”, de Frei Pedro Sinzig, Petrópolis, Ed. Vozes, 1938, p. 374-375).
100 - HYMNO DA ESCOLA FLORIANO PEIXOTO - Inédito. (00)
Dedicada á sua Distincta Directora D. Orminda J. Marques.
Obs. Letra de Maria Mercêdes Mendes Teixeira.
101 - HYMNO DA ESCOLA BERNARDO DE VASONCELLOS - Inédito. (00)
102 - HYMNO DA ESCOLA ESTHER PEDREIRA DE MELLO - Inédito. (00)
Offerecido a Directora D. Zuleida.
103 - HYMNO DA ESCOLA PEDRO II - Comp. 1920. Inédito. (00)
Obs. Letra de Maria Mercêdes Mendes Teixeira. Há dois manuscritos com dedicatórias diferentes: 1º) Dedicado aos Excelentissimos Drs. Milciades Mario de Sá Freire e Raul Leitão da Cunha; 2º) Offerecido á Escola Pedro II.
104 - HYMNO DA ESCOLA PEREIRA PASSOS - Inédito. (00)
Obs. Letra de Leôncio Correia.
105 - IDEAL - Tango para piano. 1ª Ed. 1905.
Dedicado aos compradores do café “Ideal”.
Obs. No manuscrito aparece como “serenata poética”.
106 - IF I AM NOT MISTAKEN (Si não me engano) - Fox-trot. Inédito. (00)
Dedicado ás minhas discipulas.
Obs. Já existia em 1922.
107 - IMPROVISO - Estudo para concerto. 1ª Ed. p.v. 1922.
Dedicado ao distincto amigo Villa-Lobos.
108 - INSUPERÁVEL - Tango. 1ª Ed. 1919.
Dedicado a seu amigo Orlando Pires de Moraes.
109 - IPANEMA - Marcha brasileira. 1ª Ed. 1928.
Destinada ás Bandas Militares.
110 - ÍRIS - Valsa. 1ª Ed. 1899.
Ao distincto amigo Dr. Benicio de Sá.
111 - JACARÉ - Tango carnavalesco. 1ª Ed. 1921.
Dedicado á Casa Bevilacqua.
Obs. Acredita-se que seu título faça referência ao apelido de um amigo não identificado.
112 - JANGADEIRO - Tango. 1ª Ed. 1922.
Sem dedicatória
113 - JANOTA - Choro brasileiro. 1ª Ed. 1926 (São Paulo).
Ao Thierry Carneiro de Resende, sincero e prezado amigo, como prova de sympathia.
Obs. Primeira obra de Ernesto Nazareth editada como “choro”.
114 - JULIETA - Quadrilha. 1ª Ed. 1911.
Sem dedicatória
115 - JULIETA - Valsa. 1ª Ed. 1895.
Dedicada a Gentilissima Sra. D. Julieta A. Carneiro da Cunha, dilecta filha do Dr. José Mariano.
Obs. Segunda valsa editada de Ernesto Nazareth.
116 - JULITA - Valsa. 1ª Ed. 1893.
Offerecida a seu amigo Luiz Jacintho Ferreira Campos.
Obs. Primeira valsa editada de Ernesto Nazareth.
117 - LABYRINTHO - Tango. 1ª Ed. 1917.
Dedicado a seu amigo Pedro F. Dantas.
118 - LAÇO AZUL - Valsa. 1ª Ed. p.v. 1911.
Ao amigo Felippe Maigre de Figueiredo.
119 - LAMENTOS - Meditação sentimental. (00) (00)
Á memoria de sua querida e inesquecível filha Maria de Lourdes Nazareth (Marietta).
Obs. Já existia em 1922.
120 - MAGNÍFICO - Tango brasileiro. 1ª Ed. 1920.
Dedicado ao prezado amigo Arthur José Lopes, mui digno e prestimoso Director da Escola Remington.
121 - MÁGOAS - Meditação. Inédita. (00)
Sem dedicatória
122 - MALY - Tango para piano. Inédito. (00) (00)
Dedicado á minha sobrinha Maly Leal.
Obs. Já existia em 1922.
123 - MANDINGA - Tango. 1ª Ed. p.v. 1925.
Sem dedicatória.


124 - MARCHA FÚNEBRE - Comp. & 1ª Ed. 1927.
Obs. Apresenta duas dedicatórias. No manuscrito: Á memoria do inolvidável e querido Presidente de São Paulo, Dr. Carlos de Campos. Na partitura impressa: Á memoria do pranteado e estimadissimo Sr. Presidente do Estado de S.Paulo, Dr. Carlos de Campos.
125 - MARCHA HERÓICA AOS 18 DO FORTE - Comp. 1922. Inédita. (00) (00)
Obs. Letra de Maria Mercêdes Mendes Teixeira.
126 - MARIAZINHA SENTADA NA PEDRA!... - Samba carnavalesco. Inédito. (00)
Ao Povo Brazileiro.
Obs. Letra de Ernesto Nazareth.
127 - MARIETTA - Polca. 1ª Ed. 1894.
Dedicada a sua filhinha Maria Nazareth.
128 - MATUTO - Tango. 1ª Ed. 1917.
Dedicado ao amigo sincero Arnaldo Costa.
129 - MEIGO - Tango. 1ª Ed. 5/10/1921.
Ao meu distincto primo e amigo Dr. Iberê Nazareth.
130 - MENINO DE OURO - Tango. 1ª Ed. 1919.
Dedicado ao distincto player José Carlos Guimarães (Zezé).
131 - MERCÊDES - Mazurca de expressão. 1ª Ed. 1917.
Dedicada a seu distincto amigo Huascar Guimarães.
132 - MESQUITINHA - Tango característico. 1ª Ed. 1914.
Á memoria do grande Maestro Henrique Alves de Mesquita.
133 - 1922 - Tango brasileiro. 1ª Ed. 1922.
Sem dedicatória
Obs. No manuscrito aparece como “1922 - nº 1 - Samba para o carnaval”.
134 - MYOSÓTIS - Tango. 1ª Ed. 1896.
Ao gentil gremio Myosotis.
135 - NÃO CAIO N’OUTRA!!! - Polca. 1ª Ed. 1881.
Sem dedicatória
136 - NÃO ME FUJAS ASSIM - Polca. Comp. & 1ª Ed. 1884.
Offerecida a seu amigo o Snr. Tenente Henrique de Souza e Mello.
137 - NAZARETH - Polca. 1ª Ed. p.v. 1919.
Offerecida a sua cara esposa D. Theodora Meirelles de Nazareth.
138 - NENÊ - Tango. 1ª Ed. 1895.
Ao amigo Dr. Jovino Barral da Fonseca.
139 - NO JARDIM - Marcha infantil em três partes. Inédita. (00)
1) “A caminho”; 2) “Preparando a terra”; 3) “A semente, o plantio”. Letra (não localizada) da Profª Zuleida Godinho.
140 - NOTURNO - Comp. 24/11/1920. Inédito. (00) (00)
Aos prezados amigos Dr. Numa e Effe Corrêa de Carvalho.
141 - NOÊMIA - Valsa. 1ª Ed. 1911.
Dedicada a graciosa filhinha do seu amigo Silvares.
142 - NOME D’ELLA (O) - Grande valsa brilhante. Comp. 1878. Reescrita em 1886. Inédita. (00)
Dedicada a seu primo e amigo Dr. Mario Nazareth.
143 - NOME D’ELLA (O) - Polca. 1ª Ed. 1882. (00)
Offerecida a seu intimo amigo Saturnino Madeira da Silva.
144 - NOVE DE MAIO - Fox-trot. Inédito. (00)
Sem dedicatória
145 - NOVE DE JULHO - Tango argentino. 1ª Ed. 1917.
Ao amigo e grande artista Gaspar de Magalhães.
146 - O QUE HÁ? - Tango. 1ª Ed. 25/7/1921.
Dedicado ao amigo Dr. Flavio A. Gama.
147 - ODEON - Tango para piano. Comp. & 1ª Ed. 1910.
Dedicado á distincta empreza Zambelli & Cia.
148 - ONZE DE MAIO - Quadrilha. 1ª Ed. 1911.
Dedicada a Exma. Snra. D. Maria José Amado de Meirelles.
149 - ORMINDA - Valsa. 1ª Ed. 1897.
Dedicada ao seu amigo Sylvio Rodrigues.
150 - OURO SOBRE AZUL - Tango. 1ª Ed. 1916.
Dedicado a Carlos Bittencourt.
151 - PAIRANDO - Tango. 1ª Ed. 1921.
Dedicado ao amigo Dr. Caleb Bomfim.
PALAIS - Tango. (00)
Obs. Quando impresso, recebeu o título de “Tupynambá”.
152 - PARAÍSO - Tango estilo milonga. Comp. 1926. Inédito. (00) (00)
Dedicado ao prezado amigo Jacintho Silva.
Obs. No manuscrito encontra-se “harmonia brazileira de E.N. 1926”.
153 - PÁSSAROS EM FESTA - Valsa lenta. Comp. 31/10/1920. 1ª Ed. 1922.
Dedicada a sua prima Ernestina de Nazareth.
Obs. Há um segundo manuscrito, datado de 13 de maio de 1922.
154 - PAULICÉA, COMO ÉS FORMOSA!... - Tango brasileiro. Comp. 3/8/1921. 1ª Ed. 1926 (São Paulo).
Dedicado a seu bom amigo José de Abreu.
155 - PEDRO II - Hino dedicado a Escola Pedro II. (00)
Á memoria do reverando monarcha D. Pedro II, ex-Imperador do Brasil.
PEREGRINO - Tango. Desapareceu ou recebeu outro título.
156 - PERIGOSO - Tango brasileiro. 1ª Ed. 1911.
Ao meu amigo Lino José Barbosa, proprietario da Casa Mozart.
157 - PIERROT - Tango. 1ª Ed. p.v. 1915.
Sem dedicatória
158 - PINGÜIM - Tango. Inédito.
Dedicado ao amigo Oscar Rocha, da Casa Ruffier.
Obs. Alguns pesquisadores acreditam tratar-se do último “tango” escrito por Ernesto Nazareth.
159 - PIPOCA - Polca. 1ª Ed. 1896.
Ao Snr. Francisco Nunes Pinto.
160 - PLANGENTE - Tango brasileiro (com estilo de habanera). 1ª Ed. p.v. 1925.
Dedicado ao bom e distincto amigo Francisco Dubois Bastos.
PLUS-ULTRA - Fox-trot. Manuscrito incompleto. (00)
161 - PODIA SER PEIOR - Tango. Comp. 26/7/1916. 1ª Ed. 1918.
Sem dedicatória.
162 - POLKA-TANGO (para a mão esquerda) - Inédita. (00)
Sem dedicatória.
163 - POLONESA - Inédita. (00)
Obs. Já existia em 1922.
Sem dedicatória.
164 - PORQUE SOFFRE?... - Tango meditativo. 1ª Ed. 5/10/1921.
Dedicado ao bom amigo Alberto Lopes.
165 - PRIMOROSA - Valsa. Comp. p.v. 1885. 1ª Ed. 1970 (póstuma).
Offerecida á Dona Maria Emilia Meirelles.
Obs. Em seu manuscrito acha-se uma introdução. (00)
166 - PROEMINENTE (“sem jaça”) - Tango brasileiro. 1ª Ed. 1926.
Dedicado ao eminente pianista Miécio Horszowski.
Obs. Há um exemplar na Biblioteca Nacional com o seguinte oferecimento: “A Miécio Horszowski, de Ernesto Nazareth. Rio de Janeiro, 9/11/1927.”
167 - PYRILAMPO - Tango. 1ª Ed. 1903.
Dedicado aos laboriosos industriaes Snrs. Lima Junior & Cia., proprietarios da importante fabrica de lampadas Pyrilampo.
Obs. Em sua edição, o título saiu grafado como “Pyrilampago”.
168 - QUEBRA CABEÇAS - Tango. 1ª Ed. 1926 (São Paulo).
Dedicado ao distincto musicista e bom amigo Carlos Povoa.
Obs. Também conhecido como “Jongo”.
169 - QUEBRADINHA - Polca (“própria para serenatas”). 1ª Ed. 1899.
Dedicada a seu filho Ernestinho.
170 - RAMIRINHO - Tango para piano. 1ª Ed. 1896.
Dedicado ao gracioso Ramiro, dilecto filho do particular amigo Edgar Dias da Cruz.
171 - RANZINZA - Tango. 1ª Ed. 1917.
Sem dedicatória
Obs. Acredita-se que seu título faça referência ao apelido de algum amigo.
172 - RAYON D’OR - Polca-tango. 1ª Ed. 1892.
Offerecida ao talentoso pianista Alberto Motta.
173 - REBOLIÇO - Tango. 1ª Ed. 1913.
Dedicado a seu amigo e parente Luiz Francisco Leal.
174 - RECORDAÇÕES DO PASSADO - Valsa. Comp. p.v. 1885. Inédita. (00)
Dedicada a Exma. Snra. D. Maria E. de Meirelles.
175 - REMANDO - Tango. 1ª Ed. 1896.
A seu cunhado e amigo o Illustradissimo Dr. Meirelles Fº.
176 - RESIGNAÇÃO - Valsa lenta. Comp. VI/1930. Inédita. (00) (00)
Sem dedicatória
Obs. Última valsa composta por Ernesto Nazareth.
RESPINGANDO - Tango. Manuscrito incompleto. (00)
RESACA (sic) - Tango. Manuscrito incompleto. (00)
Obs. Já existia em 1922.
177 - RETUMBANTE - Tango. 1ª Ed. 1916.
Dedicado a Senhorita Zilda Campos.
178 - ROSA MARIA - Valsa lenta. Inédita. (00)
Obs. Há dois manuscritos. Um para piano solo: Á encantadora Rosa Maria. E outro para piano e canto: Dedicada a Rosa Maria, gentil filhinha de D. Julieta Tavares, dignissima esposa do Dr. Fernando Lira Tavares.
179 - SAGAZ - Tango brasileiro. Comp. 13/5/1914. 1ª Ed. 1914.
Dedicado ao bom amigo Ulysses Bellem.
SALVE, SALVE! AS NAÇÕES REUNIDAS... - Hino. Com letra de Maria Mercêdes Mendes Teixeira.
Obs. Saiu publicado como “Hymno da Cultura de Afeto ás Nações” (1926).
SAMBA CARNAVALESCO - Inédito. (00)
Obs. Trata-se da mesma música de “Mandinga”.
SÃO PAULO-MINAS - Tango. (00)
Obs. Talvez seja o título original do “Gaúcho”.
180 - SARAMBEQUE - Tango. 1ª Ed. 1916.
Dedicado a seu distincto amigo Roberto Martin.
181 - SAUDAÇÃO AO DR. CARNEIRO LEÃO - Comp. 1924. Inédita. (00)
Obs. Letra de Maria Mercêdes Mendes Teixeira.
182 - SAUDAÇÃO AO SR. PREFEITO ALAOR PRATA - Comp. 1924. Inédita. (00)
Obs. Letra de Maria Mercêdes Mendes Teixeira.
183 - SAUDADE - Valsa. 1ª Ed. 1913.
Dedicada a Exma. Snra. D. Maria Ambrosina da Motta Resende, como prova de alta consideração.
184 - SAUDADE DOS PAGOS - Canção. Inédita. (00)
Sem dedicatória
Obs. Letra de Maria Mercêdes Mendes Teixeira.
185 - SAUDADES E SAUDADES!... - Marcha aos Reis Belgas. 1ª Ed. 1921.
186 - SEGREDO - Tango. 1ª Ed. 1896.
Dedicado a seu filhinho Diniz de Nazareth.
187 - SEGREDOS DA INFÂNCIA - Valsa. Inédita. (00)
Sem dedicatória
188 - SENTIMENTOS D’ALMA - Valsa para piano. Inédita. (00)
Dedicada a distincta Familia do Dr. Aristides Schlobac, como prova de estima e gratidão.
189 - SOBERANO - Tango. 1ª Ed. 1911.
Dedicado ao Venerando e distincto amigo Professor Joaquim Alves Ferreira da Gama.
190 - SUCCOLENTO - Samba brasileiro aos carnavalescos de 1919.
Obs. Apresenta letra de Neptuno e vem, no manuscrito, como “tango carnavalesco”.
SUL-AMÉRICA - Marcha. (00)
Obs. Recebeu outro título: “Exhuberante”.
191 - SUSTENTA A... NOTA... - Tango. Comp. 12/11/1919. 1ª Ed. 1919.
Dedicado ao velho amigo Maestro Antonio Tavares.
Obs. No manuscrito aparece como “tango característico”.
192 - SUTIL - Tango brasileiro. 1ª Ed. 1928.
Dedicado a Oscar Guanabarino.
193 - TALISMAN - Tango. 1ª Ed. 1913.
Dedicado a seu amigo Henrique Pinto de Lima.
194 - TANGO-HABANERA - Inédito. (00)
Sem dedicatória
Obs. Posteriormente, foi transformado no “samba” intitulado “Crises em penca”.
195 - TENEBROSO - Tango. 1ª Ed. 1913.
Ao bom e velho amigo Sátyro Bilhar.
196 - TEUS OLHOS CAPTIVAM (OS) - Polca. 1ª Ed. 1883.
Offerecida a uma moça Brazileira.
197 - THIERRY - Tango. 1ª Ed. 1912.
A Senhorita Henriette Thierry.
TIME IS MONEY (TEMPO É DINHEIRO) - Fox-trot. Inédito. (00)
Dedicado ao bom amigo A. A. Guimarães Junior.
Obs. Quando impresso, recebeu o título de “Até que enfim...”
198 - TOPÁZIO LÍQUIDO - Tango. 1ª Ed. 1914.
Brinde da Cerveja Amazonense aos seus Apreciadores - Miranda Corrêa & Cia. Manáos.
199 - TRAVESSO - Tango. 1ª Ed. 1913.
Dedicado a seu filho Ernestinho.
200 - TUDO SOBE... - Tango carnavalesco. 1ª Ed. 1923.
Sem dedicatória.
Obs. Letra de Ernesto Nazareth.
201 - TUPYNAMBÁ - Tango. 1ª Ed. 1916.
Ao amigo Luiz Stampa.
202 - TURBILHÃO DE BEIJOS - Valsa lenta. 1ª Ed. 1911.
Dedicada ao caro amigo Dr. Benevenuto de Paula Fonseca.
203 - TURUNA - Grande tango característico. 1ª Ed. 1899.
Dedicada ao Exmo. Snr. José Carlos Machado d’Almeida, em signal de profundo reconhecimento e alta consideração.
204 - VEM CÁ, BRANQUINHA - Tango. 1ª Ed. 1914.
Dedicado a seu amigo José de Magalhães Pacheco Jr.
205 - VÉSPER - Valsa. 1ª Ed. 1900.
Dedicada ao Grupo de Regatas Gragoatá.
206 - VICTÓRIA - Marcha aos Alliados. Comp. 29/12/1918. 1ª Ed. 1918. (00) (00)
Obs. Vem, no catálogo da Biblioteca Nacional, como “inédita”.
207 - VICTORIOSO - Tango. 1ª Ed. 1912.
Dedicado a Escola de Tactica do Realengo.
208 - VOCÊ BEM SABE - Polca-lundu. Comp. 1877. 1ª Ed. 1878.
Offerecida a meu pae, o Snr. Vasco Lourenço da Silva Nazareth.
Obs. Primeira composição escrita e impressa de Ernesto Nazareth.
VOZ DO AMOR (A)
Obs. Trata-se da polca “Cuyubinha” adaptada para canção, com letra de Marina Stella Quirino dos Santos.
209 - XANGÔ - Tango. 1ª Ed. 5/10/1921.
Dedicado ao amigo Carlos Bittencourt.
210 - YOLANDA - Valsa. 1ª Ed. 1925.
Dedicada a gentil filhinha do laureado pintor Gaspar de Magalhães.
211 - ZICA - Valsa. 1ª Ed. 1899.
Dedicada a gentil filhinha do Illustradissimo e notável médico Dr. Araújo Lima.
212 - ZIZINHA - Polca. 1ª Ed. 1895.
Dedicada a sua intelligente discipula Zizinha Ripper.





Relação dos principais intérpretes das obras de Nazareth.

Músicos que gravaram discos inteiramente dedicados ao Nazareth:

Maria Teresa Madeira (piano)
Aloysio de Alencar Pinto (piano), Arnaldo Rebelo (piano)
Antônio Adolfo (piano)
Arthur Moreira Lima (piano)
Beatriz Licurci (piano)
Déo Rian (bandolim)
Dilermando Reis (violão)
Dominique Cornil (piano)
Eudóxia de Barros (piano)
Franck French (piano)
Izumi Tateno (piano)
Jacob do Bandolim (bandolim)
Joel Bello Soares (piano)
Joshua Rifkin (piano)
Lena Verani (clarineta) e Luiz Flávio Alcofra (violão)
Marcelo Bratke (piano)
Marco Antônio de Almeida (piano)
Maria Josephina Mignone e Francisco Mignone (dois pianos)
Maria Nadir (piano)
Maria Teresa Madeira (piano) e Pedro Amorim (bandolim)
Mario de Azevedo (piano)
Maurício de Oliveira (violão)
Meander Guitar Duo (dois violões)
Miguel Proença (piano)
Paulo Romário Menezes de Souza (piano)
Polly Ferman (piano)
Radamés Gnattali (piano)
Roberto Szidon (piano)
Spencer Doidge (violão)
Tânia Mara Lopes Cansado (piano)
Yukio Miyazaki (piano)


Músicos que gravaram discos cuja metade é dedicada ao Nazareth:
Carolina Cardoso de Menezes (piano)
Cláudio Santoro (regente)
Izumi Tateno e Emiko Mizuki (dois pianos)
Kal Venturi
Lúcia Franco
Marcello Verzoni (piano)
Maria Inês Guimarães
Maria Josephina Mignone e Miriam Ramos (dois pianos)
Muraro (piano)
Ricardo Peres (piano)
Rosária Gatti (piano)
Sônia Vieira (piano)
Turíbio Santos e Leandro Carvalho (dois violões)
Waldir Silva (cavaquinho)

Outros intérpretes importantes de alguma maneira na discografia do Nazareth:
Ademilde Fonseca (canto)
Altamiro Carrilho (flauta)
Baden Powell (violão)
Banda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro
Cello Trio (três violoncelos)
Céu da Boca (conjunto vocal)
Custódio de Mesquita (piano)
Luiz Simas (piano e canto)
Maestro Gaó (piano)
Muraro (piano)
Nara Leão (canto)
Olinda Alessandrini (piano)
Paulinho Nogueira (violão)
Pedro de Alcântara (flautim)
Radamés Gnattali e Aída Gnattali (dois pianos)
Raphael Rabello (violão)
Trio Madeira Brasil (bandolim, violão 6 cordas e violão 7 cordas)
Turíbio Santos (violão)




Ernesto Júlio de Nazareth foi mais que um pianista de bailes e saraus do final do séc. XIX e início do séc. XX. Ele foi a pessoa que encontrou a maneira mais eficaz de se reproduzir um conjunto de choro no piano, criando um estilo inigualável.
Suas peças começaram a ser gravadas assim que a Casa Edison abriu suas portas, e suas partituras eram tocadas por toda a “cidade dos pianos”, uma perífrase adequada para o Rio da Belle Époque.
Hoje Ernesto Nazareth é conhecido mundialmente, sendo gravado por pianistas desde o Japão até o Brasil, e é recebido com especial carinho por grupos de choro de todos os tipos e formações. Porém, de sua vasta obra de 212 músicas, apenas cerca 70% já foram registrados em disco. Do restante, algumas nunca foram editadas. Resta-nos aguardar que um dia toda a obra de Nazareth seja gravada. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.