30 de junho de 2010

Júnior Lopes

Júnior Lopes utiliza retalhos dos mais diversos tecidos e  confere novas cores e texturas a rostos muito familiares. Conheça melhor o trabalho do artista -- aqui no Flickr.


Jorge Amado

 
Andy Warhol

Mario Quintana 

Clarice Lispector

Oscar Wilde

 
Billie Holliday

 Marianne Faithfull

Acervo de brinquedos do MHN


Apesar de um jogo de xadrez e um brinquedo de corda que pertenceram a D. Pedro I estarem entre as primeiras peças do acervo do Museu Histórico Nacional, o início efetivo de uma coleção de brinquedos no museu data de 1986, com a incorporação de 135 soldadinhos de chumbo. Exatamente dez anos depois, outra doação é significativa, sobretudo por tratar-se de brinquedos populares: soldadinhos e veículos militares em plástico, uma boneca de pano, miniaturas de louça em ágata, quebra-cabeças e bonecos de celuloide. A partir de 1997, o MHN intensificou, segundo recomendação da Política de Aquisição de Acervo, a coleta e preservação de brinquedos, visando abrir espaço para a representação da criança em seu acervo. De alguns itens isolados à doação da maior fábrica de brinquedos do Brasil, a Estrela, cerca de 300 brinquedos integram o acervo do MHN. Conheça parte desta coleção. 

Xadrez
Provavelmente passou pelos reinados de D. Maria I e D. João VI. Deve ter pertencido a D. Pedro I, devido à inicial PI, que interessava-se muito pelo jogo de xadrez. 
Incorporado ao acervo do MHN em 1922.


Barco de Marfim
Brinquedo de corda todo em marfim, deve ter sido um dos ornamentos da famosa sala chinesa do Paço Imperial de São Cristóvão. De origem chinesa, representa um palácio flutuante, evocando o conturbado período da invasão Mandchu. Pertenceu a D. Pedro I. Incorporado ao acervo do MHN em 1922.


Baralho
Em miniatura, esse baralho era ofertado como brinde do "Mundo Lotérico" no início da década de 1940.


Figurinhas
Conjunto de cartões ilustrados na frente e no verso. Ao serem girados com as duas mãos, formam cenas pitorescas, dando a ilusão de movimento. Nesse caso, uma criança tomando banho e fazendo muito bagunça!
Década de 1920.


Aparelho de Jantar
Aparelho de jantar em porcelana na caixa original. 

Bonecas de pano e de porcelana
Da esquerda para a direita: conjunto de bonecas de pano feitas com sobras de tecido no interior do Maranhão na década de 1990 por mães para suas filhas; boneca em porcelana do final do século XIX e boneca de pano do início do século XX. 


 
Pega varetas
Jogo tradicional, fabricado pela Fábrica de Brinquedos Arco-Iris 


Pião e tijolinho mágico
Crianças de todas as épocas brincaram e brincam com o pião, um dos mais antigos brinquedos da humanidade. Esse exemplar é um pião sonoro contemporâneo em metal (o MHN também possui piões em madeira). Já o tijolinho mágico possibilita que a criança construa sua cidade imaginária.


 Filtro de água
Em barro e com torneirinha, filtrava realmente a água.
Década de 1930.









O Museu Histórico Nacional, criado em 1922, é um dos mais importantes museus do Brasil, reunindo um acervo de mais de 349.067 itens, entre os quais a maior coleção de numismática da América Latina.
O conjunto arquitetônico que abriga o Museu desenvolveu-se a partir do Forte de Santiago, na Ponta do Calabouço, um dos pontos estratégicos para a defesa da cidade do Rio de Janeiro.
Imagens: Museu Histórico Nacional - RJ
Fonte: MHN

28 de junho de 2010

Acelerando e brincando



1° Festival de Jazz de Pelotas

De 1 a 3 de julho, acontecerá o 1° Festival de Jazz de Pelotas, tendo como palco o Theatro Guarany. As maiores atrações serão Hugo Fattoruso e Hermeto Pascoal.
 
 
O Festival tem como objetivos possibilitar ao público em geral o contato e a apreciação dos mais variados gêneros musicais de forma eclética e imparcial, dando ênfase à improvisação como forma de manifestação artística; criar um ambiente de intercâmbio entre os participantes e deles com a população, que terá acesso aos espetáculos a preços populares, tornando o evento um acontecimento periódico e mais abrangente a cada edição.

O Festival integra as comemorações da semana de Pelotas e já faz parte do calendário oficial da cidade, que prepara intensa programação para os 200 anos em 2012, quando o Festival de Jazz estará em sua terceira edição. O 1° Festival de Jazz de Pelotas terá como padrinho o músico Geraldo Flach, como forma de homenageá-lo, tendo em vista sua reconhecia trajetória. O evento será realizado de 1° a 3 de julho, a partir das 19h30min, no Theatro Guarany, numa promoção da Prefeitura Municipal de Pelotas, Sesc e Clube de Jazz, com apoio do Diário Popular, Secult, Conservatório de Música da UFPel, Lifemed e Ecosul.


Para a abertura, dia 1°, está programado show de Gilberto Oliveira, seguido por Hugo Fattoruso & Rey Tambor; dia 2, Grupo Quebraceira e Geraldo Flach e Quinteto; dia 3, Celso Krause e Hermeto Pascoal. Ainda dia 2, às 15h, acontecerá workshop com Hermeto, no Conservatório de Música, com a abordagem de temas gerais sobre música, como: produção, criação, arranjo, além de assuntos mais técnicos, exemplificando: harmonização e solo.


O Festival tem como objetivos possibilitar ao público em geral o contato e a apreciação dos mais variados gêneros musicais de forma eclética e imparcial, dando ênfase à improvisação como forma de manifestação artística; criar um ambiente de intercâmbio entre os participantes e deles com a população, que terá acesso aos espetáculos a preços populares, tornando o evento um acontecimento periódico e mais abrangente a cada edição. O Festival integra as comemorações da Semana de Pelotas e já faz parte do calendário oficial da cidade.



Quinta-feira - 01/07: Theatro Guarany, a partir das 19h30


GILBERTO OLIVEIRA

Começou a carreira de músico como autodidata. Iniciou o estudo de violão clássico na Escola de Belas Artes, situada na cidade do Rio Grande, tendo como mestre o professor Jorge Mello. Teve também outros grandes mestres como Eduardo Castañera, Ary Piassarollo, Nelson Faria e Nico Assumpção. Guitarrista, violonista, baixista, compositor e arranjador, Gilberto Oliveira é um músico gaúcho bastante requisitado, atuando em palcos e estúdios. Músico há 29 anos e professor na Escola de Belas Artes há 25 anos, teve a oportunidade de dividir o palco e gravar com vários artistas brasileiros e estrangeiros. Atua como músico solo e trabalha com vários artistas como instrumentista, arranjador e produtor musical.

HUGO FATTORUSO & REY TAMBOR

Hugo Fattoruso nos teclados e vocais; Fernando Núñez, tambor chico; Noé Núñez, tambor repique; Diego Paredes, tambor piano. Em seu show, Hugo Fattoruso & Rey Tambor irá percorrer os três álbuns do grupo lançados até o momento: "Palo y mano", "Emotivo" e "Puro Sentimiento", um repertório que direciona o candombe a composições de músicos como Eduardo Mateo, Jaime Roos, Charly Garcia, Fernando Cabrera, entre outros, e alimentado com canções escritas por Hugo Fattoruso.

Rey Tambor pretende mostrar a arte do candombe: cadência, versatilidade e linguagem poética. Oferece uma amostra real de como jogar os três tambores: piano, chico e repique (que juntos formam uma corda básica) e dar vida a este ritmo afro-uruguaio. O repertório do grupo é composto por clássicos do candombe uruguaio por diferentes autores, algumas passadas de geração para geração e que nunca haviam sido gravadas em disco.


Sexta-feira - 02/07: Theatro Guarany, a partir das 19h30


QUEBRACEIRA

Formou-se em outubro de 2005, com a proposta de tocar no seu repertório a pura música instrumental brasileira. Inspirado pelo trabalho de Alegre Corrêa, Renato Borghetti, Dr. Cipó, Arismar do Espírito Santo e Hermeto Pascoal, o grupo já fez várias apresentações em projetos dentro da Cidade de Pelotas, incluindo projetos do Teatro Sete de Abril e da Fenadoce, além de diversas “jam sessions”. Além de composições próprias, o repertório do Grupo Quebraceira é composto de diversos compositores brasileiros, como Arismar do Espírito Santo, Hermeto Pascoal e Astor Piazzolla. O Grupo Quebraceira é formado por: Lucian Krolow na flauta transversal, Guilherme Ceron no contrabaixo e Hamilton Pereira no violão e guitarra. Além de músicos convidados como Ricardo Porto na bateria e Fernando Leitzke no piano.

GERALDO FLACH E QUINTETO

Há muito tempo, Geraldo Flach, o padrinho do 1° Festival de Jazz de Pelotas, tem realizado um trabalho consagrado com sua formação de quarteto. Assim, gravou vários dos seus discos, levando seu trabalho a inúmeros palcos do Brasil e do exterior. Preparando seu novo trabalho para 2010, Geraldo resolveu ampliar sua formação tradicional de quarteto para quinteto, com o ingresso do multi-instrumentista Fernando do Ó no grupo, baseado numa concepção sonora que valoriza a percussão e a diversidade de timbres.
O quinteto é formado por Geraldo Flach, piano acústico e teclados; Ricardo Arenhaldt, bateria e percussão; Ricardo Baumgarten, baixo e vocalise; Paulinho Fagundes, violão e guitarra e Fernando do Ó, percussão, vibrafone, bandolim e cavaquinho.

Sábado - 03/07: Theatro Guarany, a partir das 19h30


CELSO KRAUSE

É músico (guitarrista, compositor e arranjador) e pesquisador nas áreas da improvisação e da música popular e suas manifestações mais singulares, como o jazz e a música popular brasileira. Vem estudando música desde sua adolescência, ininterruptamente, mesmo sendo autodidata. Mantém um trio formado pelos instrumentistas Edinho Galhardi na bateria e percussão e o baixista Gilnei Oliveira, grupo este voltado quase exclusivamente a tocar composições próprias. No Festival, Krause contará com as participações especias de Zé Ricardo no violão, Renato Popó na bateria e percussão, Jortan Lima no cavaquinho e Jucá de Leon na percussão. O repertório do show será de músicas próprias e alguns clássicos do jazz e da música brasileira.

HERMETO PASCOAL

Nascido no estado de Alagoas, desde pequeno Hermeto fascinava-se com os sons da natureza. A partir de um cano de mamona fazia um pífano e ficava tocando para os passarinhos. E assim por diante. Morou em Caruaru, João Pessoa, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e por um período nos Estados Unidos, além de outros locais, sempre acreditando na música e apostando nela. Tendo a irreverência como uma de suas marcas e a música como sua paixão, Hermeto Pascoal nunca desistiu de acreditar. Atualmente, apresenta-se com cinco formações: Hermeto Pascoal e Grupo, Hermeto Pascoal e Aline Morena, Hermeto Pascoal Solo, Hermeto Pascoal e Big Band e Hermeto Pascoal e Orquestra Sinfônica. Diz ele que "por enquanto, é só".

Serviço


Local - Theatro Guarany: Lobo da Costa, 849.

Site: www.festivaldejazzdepelotas.com.br
Tel.: (53) 3225-7636 (teatro) 8412-0551 e 8143-6085.
Produção: Paulo Martins e Alexandre Mattos.
Imprensa: Maria Amália Nogueira.

Ingressos


Passaporte (3 noites): R$ 60,00; R$ 30,00 (meia) e R$ 54,00 ( assinantes do Diário Popular e acompanhantes).


Ingresso avulso: R$ 30,00; R$ 5,00 (comerciários); R$ 15,00 (meia) e R$ 27,00 (assinantes do Diário Popular e acompanhantes).

Dançando por aí...

Um vídeo e uma idéia muito criativa: Dançar no mundo inteiro e colocar no youtube. Eu não poderia deixar de postar aqui. Maravilhoso!

27 de junho de 2010

TV russa, anos 60




Cena de "In the 13th hour of the Night", por Larissa Shepitko.
Na festa de ano novo de 1969, vários personagens do folclore russo se reunem na cabana de Baga Yaga para esperar a chegada do ano de 1970, com muita baboseira, participação de artistas populares e uma visão satírica do ocidente através do caleidoscópio mágico.

No elenco:  Lev Kruglyj, Georgiy Vitsin, Anatoli Papanov, Viktor Bajkov, Spartak Mishulin, Zinoviy Gerdt, Aleksandr Shirvindt, Vladimir Basov, Natalya Drozhzhina.
Praticamente uma performance de artes visuais. Divertido!

Pinball

Para quem gosta de máquinas de pinball (principalmente das antigas).  








Ilustração russa

William Bouguereau


Adolphe-William Bouguereau, pintor francês, nasceu em La Rochelle no ano de 1825 e morreu na mesma cidade em 1905, dedicando-se à pintura neoclássica, ou academicista.
    
Logo após sair da Escola de Belas Artes de París, em 1850, conquistou o Prêmio de Roma, pelo seu quadro histórico "Zenóbio".
Mais tarde, como professor na mesma escola, se opôs firmemente aos pintores impressionistas, especialmente a Edouard Manet (1832-1883), colocando-se como um dos defensores intransigentes da pintura acadêmica.
Sua técnica incontestável, sua maneira suave e minuciosa, podem ser observadas em toda a obra, podendo-se destacar, a título de exemplos, O Nascimento de Vênus (1879) e A virgem e os anjos (1900).

O academicismo (ou neoclassicismo) nos remete ao estilo pictorial da Idade Média (Arte Românica e Gótica) e ao Renascimento, embora a pintura acadêmica tenha sofrido sensíveis alterações com o transcorrer de vários séculos. Mas ainda é possível ver, nos quadros de Boguereau, a semelhança extraordinária de suas mulheres com as Madonas de Rafael; em seus anjos, a lembrança de Michelângelo.
Bouguereau era um ferrenho tradicionalista, cujo estilo de grande verossimilhança trouxe nova vida tanto para temas clássicos pagãos como para os cristãos. Criou em suas pinturas um mundo utópico, cheio de ninfas, pastores e madonnas. Seus camponeses eram sempre representados impecavelmente limpos, belos e bem vestidos, numa idealização perfeitamente aceitável para boa parte do público e dos conhecedores. Entretanto, outros preferiam a honestidade de Jean-François Millet e seus camponeses mostrados mais de acordo com os fatos.

Seu método de trabalho estava de acordo com a temática e simbologia classicista que adotara, realizando inúmeros esboços preparatórios com tinta e estudos em desenho, numa construção minuciosa e laboriosa de todas as figuras e fundos. A impressionante suavidade de textura na descrição pictórica da pele humana e a delicadeza de formas e gestos que obtinha nas mãos, pés e faces eram especialmente admiradas

Spring, 1858, oil on canvas, private collection


Rest at Harvest, 1865, oil on cavnas, 
Philbrook Museum of Art, Tulsa


A Soul Brought to Heaven, 1878, oil on canvas,
Musée du Périgord


Rest, 1879, oil on canvas, 
The Cleveland Museum of Art


The Shell, 1871, oil on canvas.


Art & Literature, 1867, oil on canvas,
Arnot Art Museum, Elmira, NY


The Dance, 1856, oil on canvas, 
Musée d'Orsay, Paris


Fraternal Love, 1851, oil on canvas, 
Museum of Fine Arts, Boston


À margem do riacho, 1875


O caranguejo, 1869


Psiquê e Amor, 1889


Jean-François Millet


Jean-François Millet (4 de Outubro, 181420 de Janeiro, 1875), pintor romântico e um dos fundadores da Escola de Barbizon na França rural. É conhecido como percursor do realismo, pelas suas representações de trabalhadores rurais.
Junto com Courbet, Millet foi um dos principais representantes do realismo romântico, de gostos um tanto orientais e exóticos, e deu forma à realidade circundante, sobretudo a das classes trabalhadoras européias surgidas em meados do século XIX.
Dali era fascinado pelo quadro de Jean François Millet, "Angelus". Isso se tornou uma obsessão, o levando-o a produzir várias interpretações "paranóicas-críticas" das figuras do Angelus. Dali acreditava que havia algo mais no tema do quadro, para ele não era só a reverência da prece vespertina, que se demonstrava, faltava algum elemento fantástico. Dali escreveu em 1938 um livro só sobre este quadro, intitulado: "O trágico Mito do Angelus de Millet". Muitos trabalhos de Dali tinham referência explícita ou escondida ao Angelus.

Mas por que esse quadro causava tanto fascinio. O que mais ele teria?

A revelação seria dada pela ciência. Estudos com raios X revelaram algo intrigante e que as suspeitas Salvador Dali tinham fundamento. Foi descoberto que no quadro, Millet havia pintado, originalmente, o filho morto do casal de camponeses. Uma cena forte, expressão porém do real. O pintor, no entanto, achou muito chocante a cena e retocou o quadro para a forma atual, apagando a figura da criança.
Jean François Millet (1814-1875) era filho de um pequeno fazendeiro da Normandia, norte da França. Millet precocemente mostrou seus dons para a pintura. Em 1840 foi convidado para uma exibição no Salon, patrocinado pelo governo francês teve boa aceitação. Após a revolução de 1848 foi perseguido pelas suas tendências socialistas.
Em 1858 pintou o "Angelus", sua pintura mais famosa, que no século passado foi o quadro mais reproduzido no mundo. No fim de sua vida o seu trabalho tinha alguma afinidade com os impressionistas, apesar de ser diferente nas concepções básicas. A marca da obra de Millet são as pinturas retratando a vida no campo. São paisagens bucólicas, com alguma coisa de tristeza, num clima de introspecção.

Angelus (1859), Museu de Orsay - Paris

 A fiadeira

Pastora com seu rebanho (1864), Museu de Orsay - Paris

 The Gleaners - 1857


The Walk to Work
1851

Auguste Rodin

O seu plasticismo poderoso promana do esforço, da tensão, e monumentalidade de Michelangelo. "O Pensador" e "Os Reféns de Calais" demonstram esta asserção. Depois, porém, as suas formas se fazem instáveis e fluídas, movem-se na luz que as anima e rompendo a superfície em estilhaços, como ocorre na evocativa Estátua de Balzac.
Algumas das obras de Rodin estão entre as mais famosas da escultura européia e universal. Retratista emérito, dominou o bronze e o mármore.
Embora acusado de formalismo pelo rigor anatômico de suas peças, destacou-se no período de transição da arte entre os séculos XIX e XX.
René-François-Auguste Rodin nasceu em Paris em 12 de novembro de 1840. Nascido numa família de poucos meios, estudou desenho e modelado a partir dos 13 anos.
Aos 18, após ser reprovado três vezes no exame de admissão à Escola de Belas-Artes, passou a trabalhar como moldador, confeccionando objetos ornamentais. 

Os salões o rejeitaram
Em 1864 uniu-se a Rose Beuret, modelo dos primeiros retratos escultóricos e companheira de toda a vida.
Ao ter recusada a primeira obra que enviou ao salão oficial, "O homem de nariz quebrado" (1864), Rodin afastou-se das exposições e passou a colaborar com Albert-Ernest Carrier-Belleuse na decoração de monumentos em Bruxelas.
Fascinado com as esculturas de Donatello e Michelangelo numa visita a Florença e a Roma, escandalizou os meios artísticos parisienses com "A idade do bronze": era tal a perfeição da figura que houve quem o acusasse de ter usado como molde um modelo vivo. 

A Porta do Inferno
A despeito do começo difícil, firmou-se como escultor com uma obra posterior, "São João Batista pregando" (1878).
Encomendaram-lhe então, em 1880, uma enorme porta de bronze para o futuro Museu de Artes Decorativas em Paris. Nela trabalhou por longos anos, mas deixou-a inacabada ao morrer.
Projetada como réplica da "Porta do paraíso", esculpida no século XV pelo italiano Lorenzo Ghiberti para o batistério de Florença, a obra -- conhecida como "Porta do inferno" -- deveria extrair seus temas da Divina comédia de Dante.
Após uma viagem a Londres, em 1881, onde tomou contato com as interpretações de Dante feitas pelos pintores pré-rafaelitas e por William Blake, em suas obras visionárias, Rodin alterou os planos originais, com a pretensão de fazer do monumento um universo de formas atormentadas pelas paixões humanas e a morte.
No decorrer do trabalho, imagens pensadas como partes da porta transformaram-se, em escala maior, em peças isoladas de alto impacto: assim nasceram "O pensador" (1880; Museu Rodin), "O beijo" (1886; Louvre), e "O filho pródigo" (1889; Museu Rodin).

Um escultor sempre polêmico
Outra obra plena de expressividade, "Os reféns de Calais" (1884-1886), celebra o sacrifício dos habitantes dessa cidade francesa, os quais em 1347 haviam se entregado como reféns ao rei Eduardo III da Inglaterra na esperança de que este suspendesse o cerco que lhes era imposto.
Por volta de 1885, Rodin iniciou um romance com a aluna Camille Claudel, o mais tempestuoso dos muitos que teve, o qual terminou tragicamente.
Aos problemas amorosos, somaram-se os criados por novas encomendas: um busto de Victor Hugo teve de ser refeito várias vezes, entre 1886 e 1909, por mostrar o escritor de peito nu.
Já um monumental Balzac de corpo inteiro causou celeuma a partir de 1898, por já apontar para o ideário da arte moderna. Essa mesma obra, em 1939, foi posta no cruzamento dos boulevards Raspail e Montparnasse, em Paris.
Uma série de bustos, como o de Octave Mirbeau (1889), Puvis de Chavannes (1891) e Clemenceau (1911) contribuiu para situar Rodin como mestre na arte do retrato em relevo pleno.

Em 1908 o escultor se instalou no Hôtel Biron, palacete parisiense do século XVIII, transformado depois de sua morte no Museu Rodin. 
Admirado pela elite européia e considerado uma glória da França, Rodin morreu em Meudon em 17 de novembro de 1917.
Em 1995, uma exposição de 58 peças suas no Museu Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro RJ, e logo na Pinacoteca do Estado, em São Paulo SP, atraiu cerca de meio milhão de pessoas, público nunca antes reunido em evento de artes plásticas no Brasil.


Parte I

 
Parte II

Documentário completo neste LINK

Para saber mais:
http://www.musee-rodin.fr/welcome.htm

Fonte: Encyclopedia Britannica do Brasil
http://www.pitoresco.com.br

The Beatles: Rockband

Melhor filme promocional do Annecy Festival 2010.

Pete Candeland é o criador desta introdução cinematográfica para o jogo The Beatles: Rockband.


26 de junho de 2010

Adobe Photoshop Cook

Adobe Photoshop Cook é uma animação muito bem produzida em stop motion para a competição AdobeYouGC. Utilizando papelão e  utensílios de cozinha, foi possível  simular o preparo de adoráveis  biscoitos amanteigados. Muito bom.

Going West

Animação feita pelo britânico Andersen M Studio para a New Zealand Book Council. Segundo os criadores, o trabalho – totalmente manual, sem uso de computador – durou 8 meses.
O texto é do livro Going West, do neozelandês Maurice Gee.

23 de junho de 2010

Diego Rivera

Diego Rivera foi um dos maiores pintores mexicanos e um dos protagonistas do muralismo mexicano, juntamente com Orozco e Siqueiros.
Tal como outros realistas sociais, ele acreditava que a arte deveria ter uma função direta social e política e que em vez de se limitarem à pintura de cavalete de pequenas dimensões, os artistas deveriam executar obras para espaços públicos, tal como o tinham feito durante a Renascença.
Diego Rivera, pintor mexicano (8/12/1886-25/11/1957) foi um dos muralistas mais importantes de seu país. Nasce em Guanajuato e estuda na Academia de Belas-Artes de San Carlos até 1902, quando é expulso por participar de uma greve de estudantes.
Aos 21 anos ele teve a oportunidadede ir para a Europa, com o auxílio de uma bolsa de estudos, aí permanecendo até 1921. A passagem de Rivera pelo continente europeu aprimora sua vocação para as artes, uma vez que neste período ele conhece vários artistas, como Pablo Picasso, Salvador Dalí, Juan Miró, além do arquiteto Antoni Gaudí, e movimentos estéticos que se tornaram fonte de inspiração para sua produção artística. Retorna ao México somente 14 anos depois, já famoso. A pedido de Álvaro Obregón, recém-eleito presidente da República, pinta murais na Escola Preparatória Nacional e no Ministério da Educação.
Nos anos seguintes, desagrada a gregos e troianos com seu estilo, que mescla a propaganda revolucionária com os tons do simbolismo asteca e bizantino. O mural Homem na Encruzilhada (1933), feito para o Rockefeller Center de Nova York, é recusado porque um dos operários retratados tem o rosto muito parecido com o de Lênin. 
Da sua vasta obra como muralista destacam-se, além do mural do Rockefeller Center, os frescos do Palácio do Governo (1929) e do Palácio Nacional (1935), no México (o pintor acaba remontando a obra recusada no Palácio de Belas-Artes, na Cidade do México)Neste fresco Rivera fazia a exaltação do comunismo e uma crítica dura do capitalismo, "mostrava ao mundo a convicção otimista de que "um dia" o homem será dono do seu destino em vez de ser empurrado para lá e acolá por forças que ele não é capaz de controlar"
Os representantes do lado oposto do espectro político, ou seja, os líderes do Partido Comunista Mexicano, recusam a parceria de Rivera na militância por ele não incorporar em sua pintura a estética do socialismo realista. 
Os elementos das composições de Rivera estão claramente delineados e desenhados em nítidas áreas de cor constrastantes. Este estilo, que influenciou consideravelmente a arte mexicana, pretendia fazer com que a estrutura narrativa da obra fosse o mais legível possível.
Em 1929 casa-se com a artista plástica mexicana Frida Kahlo. Nesse mesmo ano, inicia o mural no qual pretende contar a história de seu país, a ser exposto no Palácio Nacional, que deixa inacabado ao morrer, 28 anos depois.
Diego Rivera, depois de produzir mais de dois mil quadros, cinco mil desenhos e cerca de quatro mil metros quadrados de pintura mural, morreu no dia 24 de novembro de 1957, na cidade de San Ángel.

La Era, 1904
Oil on canvas
Museo-Casa de Diego Rivera, Guanajuato, Mexico



Still Life, 1913
Oil on canvas
Hermitage Museum, Saint Petersburg, Russia



Table on a Café Terrace, 1915
Oil on canvas 
Metropolitan Museum of Art, New York City



 Nature Morte Espagnole, 1915
Oil on canvas
The National Gallery of Art, Washington D.C.



Bañista de Tehuantepec, 1923
Oil on canvas
Colección Marte R. Gómez.
Museo Casa de Diego Rivera. Guanajuato


The Maize Festival (La fiesta del maíz), 
from the cycle "Political Vision of the Mexican People", 1923-24
Fresco
Ministry of Education, Mexico City



Woman Grinding Maize, 1924
Encaustic on canvas
Museo Nacional de Arte, Mexico City



Flower Festival , 1925
Oil on canvas
Los Angeles County Museum of Art




Espalda Desnuda de una Mujer Sentada, 1926
Red chalk and charcoal
Fine Arts Museums of San Francisco




Enrrielando, Moscú (Sawing Rails, Moscow), 1927
Charcoal
Arthur Ross Gallery at the University of Pennsylvania




 Night of the Rich, 1928
Fresco
North wall, Courtyard of the Fiestas
Ministry of Education, Mexico City




The Arsenal- Frida Kahlo Distributes Arms, 
detail, from the cycle "Political Vision of the Mexican People", 
1928
Fresco
Ministry of Education, Mexico City




Flower Festival: Feast of Santa Anita, 1931
Encaustic on canvas
The Museum of Modern Art, New York City




Hat Makers, 1931
India ink
The University of Michigan Museum of Art




The Flower Carrier, 1935
Oil and tempera on masonite
San Francisco Museum of Modern Art






Niña con Elotes, ca. 1938
Watercolor on Japanese rice paper
Arthur Ross Gallery at the University of Pennsylvania




Portrait of Modesta and Inesita, 1939
Oil on canvas
Collection of the Estate of Licio Lagos, Mexico City




Portrait of Frida Kahlo, 1940
Pan-American Unity -Detail
City College of San Francisco




Nude with Calla Lilies (Desnudo con alcatraces), 1944
Oil on cardboard
Emilia Gussy de Gálvez collection, Mexico City




Retrato de Ruth Rivera, 1949
Oil on canvas
Collection of Rafael Coronel, Cuernavaca, Mexico






Vendedora de Flores, 1949
Oil on masonite
Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madrid, Spain




Pre-Hispanic America (Book cover for Pablo Neruda's "Canto General"), 1950
Oil on canvas
Collection of the Estate of Licio Lagos, Mexico City




Desfile del 1º de Mayo en Moscú, 1956
Oil on canvas
Colección Fomento Cultural Banamex. Mexico City




A Dream of a Sunday Afternoon in Alameda Park, 1947-48
Fresco
Alameda Hotel, Mexico City



Detroit Industry, North Wall, 1932-33
Fresco
Detroit Institute of Arts




 Detroit Industry, South Wall, 1932-33
Fresco
Detroit Institute of Arts


Para saber mais: The Virtual Diego Rivera - Web Museum