30 de abril de 2010

Cinemateca brasileira

A Cinemateca Brasileira é a instituição responsável pela preservação da produção audiovisual brasileira. Desenvolve atividades em torno da difusão e da restauração de seu acervo, um dos maiores da América Latina. São cerca de 200 mil rolos de filmes, entre longas, curtas e cinejornais. Possui também um amplo acervo de documentos formado por livros, revistas, roteiros originais, fotografias e cartazes.


História

A Cinemateca Brasileira surgiu a partir da criação do Clube de Cinema de São Paulo, em 1940. Seus fundadores eram jovens estudantes do curso de Filosofia da USP, entre eles, Paulo Emilio Salles Gomes, Decio de Almeida Prado e Antonio Candido de Mello e Souza.
O Clube foi fechado pela polícia do Estado Novo. Após várias tentativas de se organizarem cineclubes, foi inaugurado, em 1946, o segundo Clube de Cinema de São Paulo. Seu acervo de filmes constituiu a Filmoteca do Museu de Arte Moderna (MAM), que viria a se tornar uma das primeiras instituições de arquivos de filmes a se filiar à FIAF - Fédération Internationale des Archives du Film (www.fiafnet.org), em 1948. Em 1984, a Cinemateca foi incorporada ao governo federal como um órgão do então Ministério de Educação e Cultura (MEC) e hoje está ligada à Secretaria do Audiovisual.
A mudança da sede para o espaço do antigo Matadouro Municipal, cedido pela Prefeitura da cidade, ocorreu a partir de 1992. Seus edifícios históricos, inaugurados no século XIX, foram tombados pelo Condephaat – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo, e restaurados pela entidade.



Acervos

A Cinemateca Brasileira possui o maior acervo de imagens em movimento da América Latina. Ele é formado por cerca de 200 mil rolos de filmes, que correspondem a 30 mil títulos. São obras de ficção, documentários, cinejornais, filmes publicitários e registros familiares, nacionais e estrangeiros, produzidos desde 1895.
As coleções mais significativas de cinejornais são as do Cine Jornal Brasileiro, Carriço e Bandeirantes da Tela, todos feitos a partir da década de 1930, em nitrato de celulose.
Também pertence ao acervo a coleção de imagens da extinta TV Tupi – a primeira emissora de televisão brasileira. Em 1985, a instituição herdou 180.000 rolos de filme 16 mm com reportagens veiculadas nos telejornais da emissora, além de fitas de vídeo com a programação de entretenimento.
Os filmes e vídeos são incorporados à Cinemateca Brasileira através de depósito, doação e depósito legal. O depósito de filmes e outras mídias é regido pelo Contrato de Depósito.




Centro de Documentação e Pesquisa 

O Centro de Documentação e Pesquisa da Cinemateca Brasileira é formado por quatro setores: Biblioteca Paulo Emilio Salles Gomes, os Arquivos Pessoais e Institucionais, o Laboratório Fotográfico e a área de Pesquisa. Seu acervo, constituído desde 1958, é formado por diferentes conjuntos documentais referentes à cultura cinematográfica, principalmente a nacional. Cada conjunto é processado de acordo com suas características, formando uma linha de informação específica.
O acervo da Biblioteca Paulo Emilio Salles Gomes é constituído por livros, periódicos, catálogos, textos acadêmicos, folhetos, cartazes, certificados de censura e outros documentos. Destaca-se a coleção de roteiros, que inclui argumentos, projetos e listas de diálogos e de intertítulos. A preciosa coleção de cartazescoleção de periódicos brasileiros e estrangeiros estão organizadas em bases de dados específicas. São realizados trabalhos contínuos de conservação e restauração de livros e documentos pertencentes ao seu acervo de filmes e eventos cinematográficos e a significativa
No setor de Arquivos Pessoais e Institucionais estão conservados arquivos de críticos, cineastas, atores e pesquisadores como Paulo Emilio Salles Gomes, Glauber Rocha, Francisco Luiz de Almeida Salles, Pedro Lima, Jean-Claude Bernardet, Lucilla Ribeiro Bernardet, Gustavo Dahl, B. J. Duarte, entre outros. Também estão sob a guarda do Centro de Documentação e Pesquisa o Arquivo Histórico da Cinemateca brasileira e outros arquivos institucionais. Atualmente, estão em tratamento dois importantes fundos: Embrafilme e Concine, dois órgãos estatais extintos, responsáveis pela produção e distribuição de filmes no Brasil entre as décadas de 1966 e 1994. A base de dados dos Arquivos Pessoais e Institucionais permite consultas específicas aos arquivos de acordo com o seu nível de tratamento (guia, inventário ou catálogo).
O acervo fotográfico é composto de negativos, diapositivos, placas de vidro, fotografias de filmes brasileiros, filmes estrangeiros, e fotografias de personalidades e eventos ligados ao cinema. Este último segmento abrange coleções pessoais como a de Paulo Emílio e Francisco de Almeida Salles, entre outros. No acervo de negativos destacam-se as coleções de originais das produtoras Maristela, Cinedistri e Multifilmes que constituem um rico material de pesquisa. Cabe ao Acervo Fotográfico a preservação e divulgação desse material através de processamento adequado às normas de conservação e reprodução para acesso ao público.
A área de Pesquisa concentra-se em duas linhas de informação: o Anuário do Cinema Brasileiro, que reúne artigos sobre cinema no Brasil publicados em alguns dos principais jornais do país e pode ser parcialmente consultado na base do acervo da Biblioteca; e a Filmografia Brasileira, que reúne informações sobre a produção cinematográfica nacional a partir de transcrições de letreiros produzidas pelo setor de Catalogação e de fontes disponíveis no Centro de Documentação. A Filmografia brasileira contempla, entre longas e curtas, registros de filmes domésticos e um importante conjunto de cinejornais.




Restauração


Desde 1978, a Cinemateca Brasileira possui um Laboratório de Restauração devidamente equipado que foi reconhecido pela FIAF como um exemplo para as cinematecas latino-americanas.
Entre as suas atividades permanentes está a restauração de filmes do acervo em estado avançado de deterioração, a transferência de materiais em suporte de nitrato de celulose para suporte de segurança (poliéster) e a confecção de cópias (matrizes ou reproduções para empréstimo).
O que diferencia o Laboratório de Restauração da Cinemateca Brasileira dos demais são equipamentos como o copiador óptico, capaz de processar filmes 35 mm com até 4% de encolhimento, a mesa de comparação com 4 pistas e a moviola-telecine para filmes 35 e 16 mm que, ao contrário de copiadores normais, faz projeção de filmes em estado de alta deterioração. É também um dos poucos que faz controle sensitométrico de cópias em 35 e 16 mm. 
Projetos
Além de cuidar da recuperação de materiais do acervo da Cinemateca Brasileira, o Laboratório de Restauração também está envolvido em projetos externos, que são fruto de parcerias com produtores e pesquisadores.


Projetos atuais:

Restauração digital da filmografia de Joaquim Pedro de Andrade
A Cinemateca Brasileira, em parceria com a produtora Filmes do Serro (http://www.filmesdoserro.com.br), é responsável pela pesquisa de parâmetros da época de produção dos 14 filmes (1959-1981) do cineasta e pela preparação dos materiais a serem digitalizados. Sua filmografia compreende curtas, médias e longas-metragens em preto e branco, em cores, em 35 e 16 mm, todos sonoros. A primeira restauração concluída foi de Macunaíma (1969). O projeto está sendo desenvolvido com o apoio da Petrobrás.

Restauração analógica de Limite
Em parceria com o Arquivo Mário Peixoto, a Cinemateca Brasileira cuida da restauração analógica (filme para filme) de Limite, a partir da pesquisa de matrizes guardadas e da comparação entre elas.

Acervo Glauber Rocha
Cooperação técnica para a restauração do acervo Glauber Rocha. Atualmente, estão sendo trabalhados os longas-metragens Barravento e A idade da terra.

Restauração de filmes da Cinédia
A Cinemateca Brasileira e a Cinédia (www.cinedia.com.br), a partir do convênio firmado com o Ministério da Cultura e com o Instituto para Preservação da Memória do Cinema Brasileiro, trabalham na confecção de cópias e matrizes para a preservação de nove títulos da produtora carioca.
 Projetos atuais:


Restauração digital da filmografia de Joaquim Pedro de Andrade
A Cinemateca Brasileira, em parceria com a produtora Filmes do Serro (http://www.filmesdoserro.com.br), é responsável pela pesquisa de parâmetros da época de produção dos 14 filmes (1959-1981) do cineasta e pela preparação dos materiais a serem digitalizados. Sua filmografia compreende curtas, médias e longas-metragens em preto e branco, em cores, em 35 e 16 mm, todos sonoros. A primeira restauração concluída foi de Macunaíma (1969). O projeto está sendo desenvolvido com o apoio da Petrobrás.

Restauração analógica de Limite
Em parceria com o Arquivo Mário Peixoto, a Cinemateca Brasileira cuida da restauração analógica (filme para filme) de Limite, a partir da pesquisa de matrizes guardadas e da comparação entre elas.

Acervo Glauber Rocha
Cooperação técnica para a restauração do acervo Glauber Rocha. Atualmente, estão sendo trabalhados os longas-metragens Barravento e A idade da terra.

Restauração de filmes da Cinédia
A Cinemateca Brasileira e a Cinédia (www.cinedia.com.br), a partir do convênio firmado com o Ministério da Cultura e com o Instituto para Preservação da Memória do Cinema Brasileiro, trabalham na confecção de cópias e matrizes para a preservação de nove títulos da produtora carioca.
Para saber mais acesse o site da Cinemateca

Um comentário:

  1. ROSA MARIA

    SHALOM PRA TI !!!

    OLHA POSSO AQUI TE PARABENIZAR A SUA PESSOA !!!

    PELO QUE APRESENTA SER MUITISSIMO RICO SEU BLOG

    FALANDO DE VIDA CULTURAL ASSIM PUDE VER ISTO !!!

    É POSSO AFIRMAR QUE ESTÁ MUITÃO BOM MESMO POR VER

    TANTOS TALENTOS SEGUNDO É SUA PESSOA E OUTROS...

    VAI ENFRENTE COM TODO SEU POTÊNCIAL !!! !!! !!!

    ARTESÃO: CLÁUDIO LUCENA

    SHALOM !!!

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