17 de fevereiro de 2010

Casapueblo - Carlos Vilaró


Casapueblo, onde o artista plástico uruguaio Carlos Páez Vilaró, conhecido e premiado no mundo inteiro, mora e exibe seu ateliê, assim como o “museu do século XX”. 
A primeira impressão é que ele não tem muito a mostrar, mas se engana quem pensa isso. Lá se encontram cerca de 4.000 peças que datam de 1901 a 2000, todas adquiridas em viagens do dono pelo mundo, que vão de relógios de bolso, carros antigos a maquinas fotográficas datadas do ano de 1919. Seu ateliê fica na parte mais alta da casa, que tem ainda um restaurante e um hotel. 

 

Casapueblo


Interior


Punta del Leste




 
 Punta Ballena 

Esse obra arquitetônica nada convencional, localizada em Punta Ballena, há 15 km do centro de Punta del Este, começou a ser construída em 1958, a partir de um cômodo feito de latas. Mais tarde foi revestido com ripas de madeiras que vinham de navios naufragados. Anos depois o artista descobriu a receita que daria a cara e o estilo que a casa tem até hoje. Com cimento e cal, "pregou" uma espécie de tela de galinheiro nas paredes de madeira e pintou sua casa, feita toda à mão, de branco. A intenção foi dar contraste com o céu e o mar.

Vilaró se define como um "fazedor de coisas". Infiltra-se em todos os campos das artes plásticas que lhe chamam atenção. Já fez tapeçaria, pintura em mural, cerâmica, arquitetura, pintura e escultura. Tem uma ligação muito forte com o Brasil e uma forte influência africana em suas obras. Vilaró diz que quando visitou a Bahia, em 1956, encontrou a África inteira lá.

A arte de Vilaró


Quadro do programa Espaço Unisanta da TV Educativa Santa Cecília
Edição: Matheus Lopes Produção: Bruna Garcia Direção e narração: Alessandra Pereira
Quadro do programa Espaço Unisanta da TV Educativa Santa Cecília
 
Uruguaio, Vilaró acredita fazer parte do sol e diz que a arte e a vida são como um largo caminho cheio de portas que devem ser abertas para descobrir o que há por trás de cada uma. Para ele, sempre falta algo, sempre há portas para serem abertas.

 
Carlos Vilaró e Pablo Picasso 

Carlos Paez Vilaró

Casapueblo

Museu, galeria de arte, hotel, residência, tente definir e será traído pela imprecisão, pois seguindo a técnica cubista tudo ali foi desconstruído para ser remontado em um conjunto que dissolve o caos no branco, justamente o branco de todas as cores.
Vilaró é pai de Carlos Miguel, um dos 16 que passaram a ser conhecidos como “Os Sobreviventes dos Andes” no trágico episódio que em 1972 resultou da queda de um avião nas cordilheiras, episódio contado em livros e filmes. Mas a tragédia não está presente em CASAPUEBLO, mas a vida, a arte, a alma humana.

Artista Vilaró foi homenageado - 16 de fevereiro de 2010

No ano em que completará 87 anos, o artista plástico Carlos Paez Vilaró, que há seis décadas faz questão de pintar (e tocar) os instrumentos musicais, ajudar na concepção das roupas e participar dos desfiles, despediu-se do Carnaval de Montevidéu no último dia 6. O escultor, poeta, arquiteto, pintor, ceramista e amigo pessoal de Vinicius de Moraes é reconhecido pela contribuição que dá à cultura afro-uruguaia, incentivando o candombe e manifestações negras.  
 
 
Para homenagear Vilaró, na noite do dia 6, por um momento o desfile parou. No céu, fogos de artifício. No chão, um tapete vermelho estendido para ele. Tocando tambor, na frente da bateria e ao lado de uma vedete, o artista avançou pela rua, ovacionado pela comunidade.     

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