We Want Miles
A Cidade da Música do Parque de la Villette, em Paris, apresenta durante o perído de outubro/09 até janeiro/2010, o que está sendo considerada a maior exposição sobre o trompetista americano Miles Davis já realizada. Esta foto mostra o jazzista em sua casa, na rua 77 em Nova York, em 1969.
We Want Miles (“Queremos Miles”, em tradução literal), uma referência ao disco ao vivo de mesmo nome lançado em 1981, é a maior exposição já realizada sobre a vida e a carreira do músico, segundo a Cidade da Música de Paris.
"Nós não temos o hábito de celebrar os músicos, e os Estados Unidos não têm uma cultura em relação ao jazz que os leva a celebrar essa música com o justo valor que ela merece", diz Vicent Bessières, curador da exposição sobre Miles Davis.
A mostra coincide com o aniversário de 60 anos da primeira apresentação de Miles na França, na sala de concertos Pleyel.
‘Caça ao tesouro’
We Want Miles retraça a vida e a carreira do músico, desde sua infância, em East Sant Louis, nos Estados Unidos, ao seu show em La Villette, em Paris, pouco antes de sua morte, em 28 de setembro de 1991, aos 65 anos.
O curador diz ter realizado uma "caça ao tesouro" para reunir os inúmeros objetos apresentados na exposição.
Graças à família do artista, Bessières conseguiu ter acesso a inúmeros documentos e objetos do trompetista e entrar também em contato com músicos ligados a Davis, que emprestaram instrumentos e outros objetos.
"Os herdeiros permitiram que eu vasculhasse caixas contendo documentos que não haviam sido abertas. Eles permitiram até o acesso ao cofre de um banco em Nova York onde estavam guardados os trompetes", diz o curador.
A exposição apresenta a obra e a vida de Miles Davis de forma cronológica. A primeira parte, mais acústica, com cenografia em preto e branco, mostra o início de sua carreira, com a integração à vanguarda do jazz nos anos 40, o bebop, os novos arranjos de sua primeira orquestra, a invenção do cool jazz e seu retorno aos fundamentos do jazz.
A segunda parte, com visual mais colorido, mostra a grande virada, a partir de 1968, quando ele se torna uma estrela do jazz mundial. Miles incorpora os ritmos elétricos, inspirado no rock e em Jimi Hendrix, e lança o jazz-rock e discos com capas psicodélicas.
Música
Além de inúmeras fotos e vídeos, a música está amplamente presente durante todo o percurso da mostra.
A Cité de la Musique criou "salas acústicas" com músicas emblemáticas de cada um dos períodos de sua carreira.
O visitante também pode conectar um fone de ouvido em diferentes pontos da exposição para ouvir discos completos.
Alguns espaços também retratam o clima dos grandes shows, com sons ao vivo das apresentações.
Várias obras de arte, como quadros e esculturas que pertenceram a Miles Davis, também são expostas na mostra.
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