Sobre Museus
A palavra “MUSEU” , de origem grega, significa “templo das musas”., e já era usado em Alexandria para designar o local destinado ao estudo das artes e das ciências.
Hoje, o International Concil of Museums a instituição que conserva coleções de objetos de arte ou ciências, para fins de preservação ou apresentação pública.
Os museus modernos foram criados no século XVII a partir de doações de coleções particulares como a de Grimani a Veneza. Mas, o primeiro museu como conhecemos hoje surgiu a partir da doação da coleção de John Tradescant, feita por Elias Ashmole, à Universidade de Oxford, conhecido como Ashmolean Museum. O segundo museu público foi criado em 1759, por obra do parlamento inglês, na aquisição da coleção de Hans Sloane (1660-1753), que deu origem ao Museu Britânico.
Os museus modernos foram criados no século XVII a partir de doações de coleções particulares como a de Grimani a Veneza. Mas, o primeiro museu como conhecemos hoje surgiu a partir da doação da coleção de John Tradescant, feita por Elias Ashmole, à Universidade de Oxford, conhecido como Ashmolean Museum. O segundo museu público foi criado em 1759, por obra do parlamento inglês, na aquisição da coleção de Hans Sloane (1660-1753), que deu origem ao Museu Britânico.
O primeiro museu público só foi criado, na França, pelo Governo Revolucionário, em 1793: o Museu do Louvre, com coleções acessíveis a todos, com finalidade recreativa e cultural.
O Séc. XIX surgem muitos dos mais importantes museus em todo o mundo, a partir de coleções particulares que se tornam públicas: Museu do Prado (Espanha), Museu Mauritshuis (Holanda).
Somente em 1870, nos Estados Unidos, é fundado o Museu Metropolitano de Arte, em Nova York.
No Brasil, o primeiro museu data de 1862, o Museu do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano (Pernambuco). Os outros museus brasileiros foram todos fundados durante o século XX, sendo o mais importante, pela qualidade do acervo, o MASP - Museu de Arte de São Paulo, fundado em 1947.
O Séc. XIX surgem muitos dos mais importantes museus em todo o mundo, a partir de coleções particulares que se tornam públicas: Museu do Prado (Espanha), Museu Mauritshuis (Holanda).
Somente em 1870, nos Estados Unidos, é fundado o Museu Metropolitano de Arte, em Nova York.
No Brasil, o primeiro museu data de 1862, o Museu do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano (Pernambuco). Os outros museus brasileiros foram todos fundados durante o século XX, sendo o mais importante, pela qualidade do acervo, o MASP - Museu de Arte de São Paulo, fundado em 1947.
Referências:
Besset, Maurice. "Obras, espacios, miradas. El museo en la historia del arte contemporáneo", in A&V-Monografías de Arquitectura y Vivienda, Madrid, 1993
BOURDIEU, Pierre e DARBEL, Alain. L’amour de l’art: les musées et leur public. Paris, Minuit, 1966
DELOCHE, Bernard. Museologica. Contradictions et logique du musée. Pref. André Desvallées. Éditions W, Mâcon,1989
Enciclopædia Britannica do Brasil
SHERMAN, Daniel J., ROGOFF, Irith (ed.) et alii. Museum Culture. Histories. Discourses. Spectacles. Routledge, London, 1994
Besset, Maurice. "Obras, espacios, miradas. El museo en la historia del arte contemporáneo", in A&V-Monografías de Arquitectura y Vivienda, Madrid, 1993
BOURDIEU, Pierre e DARBEL, Alain. L’amour de l’art: les musées et leur public. Paris, Minuit, 1966
DELOCHE, Bernard. Museologica. Contradictions et logique du musée. Pref. André Desvallées. Éditions W, Mâcon,1989
Enciclopædia Britannica do Brasil
SHERMAN, Daniel J., ROGOFF, Irith (ed.) et alii. Museum Culture. Histories. Discourses. Spectacles. Routledge, London, 1994
Museus de arte no Brasil
Bahia
Espírito Santo
Minas Gerais
Paraná
- Museu Alfredo Andersen
- Museu da Imagem e do Som - MIS
- Museu de Arte Contemporânea - MAC
- Museu de Arte do Paraná (MAP)
- Casa João Turin
- Museu de Arte de Londrina
Pernambuco
Rio de Janeiro
- MAM - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
- MAC - Museu de Arte Contemporânea de Niterói
- Museu de Arte Sacra - Cabo Frio
- Museus Castro Maya
- Centro Cultural da Justiça Federal
- Museu Nacional-UFRJ
Rio Grande do Sul
- Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli
- Museu Virtual Iberê Camargo
- Bienal do Mercosul - Porto Alegre
- Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo - Pelotas/RS
Santa Catarina
São Paulo
- Museu de Arte Contemporânea
- Museu do Ipiranga da USP (Museu Paulista)
- MASP - Museu de Arte de São Paulo
- Pinacoteca do Estado- São Paulo
- MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo
- Museu da Casa Brasileira
- Museu de Arte Sacra de S. Paulo
- Museu Casa de Portinari - Brodowski
- IEB - Coleções
- Centro de Cultura e Arte - Campinas
- Museu Lasar Segal
Museus de arte no mundo
Africa do Sul
- Albany Museum
- Johannes Stegman Art Gallery
- King George VI Art Gallery
- Lichtenburg Museums & Art Gallery
- Marvol Museum
- Michaelis Collection
- National Museum (Bloemfontein)
- Pretoria Art Museum
- Rembrandt van Rijn Art Gallery
- Stellenbosch Museum
- Stellenryck Wijn Museum
Alemanha
Argentina
Áustria
- Museu de Arte Barroca de Salzburg
- Museu Católico de Viena
- Museu de Arte Moderna, Viena
- Grafische Sammlung Albertina
Austrália
- Museu Nacional da Austrália
- Galeria Nacional da Austrália
- Galeria Nacional de Vitória
- Museu de Arte Contemporânea, Sidney
- Galeria de Arte de Nova Gales do Sul
Bélgica
- Museu Felicien Rops
- Museu Louvain-la-Neuve
- Museu de Arte Moderna & Gabinete de Estampas
- Museu de Arte Religiosa e de Arte Mosan
- Museu Grétry
- Museu Tchantchès
- Museus da Universidade de Liège
Canadá
- Galeria Nacional do Canadá
- Museu de Belas Artes de Montreal
- Art Galeria de Arte de Ontário
- Galeria de Arte de Vancouver
- McMichael - Coleção de Arte Canadense
- Museu de Quebec
- Arte Russa - Coleção Lili Brochetain
Chile
Coréia do Sul
Costa Rica
Dinamarca
Espanha
- Museo del Prado - Madri
- Museo Thyssen-Bornemisza - Madri
- Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia
- Museo de Arte Contemporaneo - Barcelona
- Museo de la Sagrada Família - Barcelona
- Museo d'Art Modern
Estados Unidos
- Museu de Arte - Austin
- Fleischer Museum, Califórnia
- Instituto de Arte de Chicago
- Memorial e Museu de Arte Allen, Oberlin
- MoMA - Museu de Arte Moderna, Nova York
- Museu de Arte Contemporânea, Los Angeles
- Museu de Arte Contemporânea, Chicago
- Museu de Arte da Filadélfia
- Museu de Belas Artes da Universidade de Utah
- Museu de Belas Artes, Boston
- Museu de Belas Artes, Houston
- Museu J. Paul Getty
- Museu Metropolitano - Metropolitan Museum of Art
- Museu Nacional das Mulheres nas Artes
- Museus Guggenheim
- San Francisco Museu de Arte Moderna - SFMOMA
Finlândia
França
- Museu do Louvre
- Museu d'Orsay
- Centro Georges Pompidou
- Museu Giverny
- Museu Rodin
- Museu Anne de Beaujeu
- Palácio de Versailles
- Museu de Belas Artes de Quimper
- Museu de Belas Artes de Rennes
Grécia
Holanda
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- Museu Casa de Rembrandt
- Stedelijk Museu de Lakenhal
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- Museu de Boerhaave
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Índia
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- The British Library
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- London Museum
- Museum and Art Gallery Hunterian
- The Victoria and Albert Museum
- Walker Art Gallery
- The Egypt Centre - University of Wales
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- Royal Holloway Art Collection
- Sudley House
- National Portrait Gallery
- Glasgow Gallery of Modern Art
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Irlanda
Itália
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- Museus do Vaticano
- Museu de Roma
- Abadia de Monte Casino - Museu
- Coleção Peggy Guggenheim
Japão
Macau
Macedônia
México
- Museu da Cidade do México
- Museu de Arte Moderna
- Museu Amparo
- Museu Tina Modotti
- Museu Mural Diego Rivera
- Museu das Culturas Pré-hispânicas
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- Rehoboth Museum
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- Shambyu Roman Catholic Mission Museum
- Tsumeb Cultural Village
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Nova Zelândia
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Republica Tcheca
Rússia
Suécia
Suíça
Uruguai
Venezuela
Museus virtuais de arte
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- Museu Virtual Iberê Camargo
- Museo Picasso (virtual)
- Museu Virtual de Arte do Uruguai
- WebMuseum - Paris
- gravura.art.br/
O AUTO-RETRATO
O Museu Nacional de Belas Artes abrigou a primeira exposição de auto-retratos realizada no Brasil, em fevereiro de 1944, no Rio de Janeiro (então Capital da República). A capa do catálogo dessa mostra ostentava o garboso auto-retrato de Artur Timótheo da Costa que faz parte de seu acervo desde dezembro de 1945.Prática muito comum entre os artistas, o retrato nada mais é do que a afirmação da persona, antes de ser um mero exercício formal ou manifestação narcisista. Herdamos incontáveis exemplos na História da Arte: figuras da nobreza, soldados, pensadores, papas, ricos comerciantes, estrelas cinematográficas e personalidades do mundo contemporâneo esportivo e político. Podemos fazer um passeio desde a antigüidade egípcia ou helênica situando-nos entre o autor anônimo da “Cabeça de Cleópatra” até os ícones de hoje como Mao Tsé-Tung, Elizabeth Taylor e Marilyn Monroe (sem esquecer o “rei” Pelé), estes realizados pelo cultuado e argentário pintor pop norte-americano Andy Warhol. E entre uma ponta e outra o caminho do retrato e do auto-retrato foi realizado por Dürer, Van Eyck, Fouquet, Rembrandt e mais adiante: Cézanne, Van Gogh, Picasso, Bacon, Lucien Freud e muitos outros contemporâneos, além do mítico Andy Warhol.
O retrato, assim como diversos motivos na arte servem para múltiplas interpretações: seja o de ostentação e poder, riqueza, profano ou sacro, moeda de manipulação ideológica ou simples objeto decorativo. Por exemplo, o retrato de Che Guevara é uma bandeira de culto, assim como as imagens sacras pontuam uma fé, o retrato de Gertrud Stein por Picasso se torna o símbolo de uma escola: é o cubismo inaugurando uma nova época.Mas o que fica, é a passagem do homem pela História contada através da imagem, tornando o retrato e o auto-retrato, uma poderosa fonte de comunicação. Tarsila do Amaral pintou-se bela e elegante, (vestia-se nos anos 20 em Paris pela maison Poiret) e até o fim de seus dias zelou por sua cuidada vaidade. Outros elegeram flagrar-se em pleno ofício envoltos por pincéis e cavaletes, desdramatizando a imagem romântica do artista e optando por outra de simplicidade operária. Um exemplo muito difundido são os auto-retratos da excepcional artista mexicana Frida Khalo que se expõe completamente dramática e trágica em sua pintura autoreferente. Sem poupar-se, narra sua fragilidade pessoal.Os artistas brasileiros, (e alguns estrangeiros que viveram um período no Brasil e constam nesta coletânea, ) não diferem de seus pares internacionais: o pintor Antônio Bandeira é cor e festa, o primitivo José Antônio da Silva, um movimento de pinceladas curtas e ritmadas. Djanira mostra a exuberância de seu tipo brasileiro bem acentuado. Raimundo de Oliveira é uma imagem rude, tosca, torturada e sofrida. Livio Abramo é puro sentimento apesar (ou justamente por isso) da contenção expressionista, enquanto o grande Oswaldo Goeldi surge delineado, mas com rigor. Ado Malagoli mostra-se em sua ainda juventude e Pancetti e Guignard são dois exemplos bem acabados de culto da auto-imagem: pintaram-se repetida e continuamente um sem par de vezes. Segall e Portinari, expressões marcantes e referências definitivas. Iberê Camargo mostra-se magistral na fase final de sua obra utilizando-se da autoreferência como uma quase "necessidade" enquanto assunto pictórico, embora se conheça apenas um auto-retrato dos tempos de seus primeiros passos profissionais. Mas, à parte, entre os nacionais permanece a inquietante presença de Ismael Nery (considerado um dândi) que em sua curta existência retratou-se com maestria. A presente exposição neste site procurou focalizar de modo múltiplo e abrangente - o quanto nossa pesquisa conseguiu permitir - toda a gama de sentimentos que a figura humana pode expressar, desde a mais funda melancolia à pura e transbordante alegria. O mais turvo e profundo retrato verte o mais diáfano e raso olhar, a mais dolorida e rasgada solidão, o grito mais intestino, a aspereza de uma noite angustiante.Modernos ou clássicos, abstratos ou realistas, em tons claros e escuros, surrealistas ou acadêmicos, ingênuos ou contrastados, sombrios, geométricos e estilizados, ou ainda cubistas, todos expressam a imagem idealizada: a pulsação da vida.
O retrato, assim como diversos motivos na arte servem para múltiplas interpretações: seja o de ostentação e poder, riqueza, profano ou sacro, moeda de manipulação ideológica ou simples objeto decorativo. Por exemplo, o retrato de Che Guevara é uma bandeira de culto, assim como as imagens sacras pontuam uma fé, o retrato de Gertrud Stein por Picasso se torna o símbolo de uma escola: é o cubismo inaugurando uma nova época.Mas o que fica, é a passagem do homem pela História contada através da imagem, tornando o retrato e o auto-retrato, uma poderosa fonte de comunicação. Tarsila do Amaral pintou-se bela e elegante, (vestia-se nos anos 20 em Paris pela maison Poiret) e até o fim de seus dias zelou por sua cuidada vaidade. Outros elegeram flagrar-se em pleno ofício envoltos por pincéis e cavaletes, desdramatizando a imagem romântica do artista e optando por outra de simplicidade operária. Um exemplo muito difundido são os auto-retratos da excepcional artista mexicana Frida Khalo que se expõe completamente dramática e trágica em sua pintura autoreferente. Sem poupar-se, narra sua fragilidade pessoal.Os artistas brasileiros, (e alguns estrangeiros que viveram um período no Brasil e constam nesta coletânea, ) não diferem de seus pares internacionais: o pintor Antônio Bandeira é cor e festa, o primitivo José Antônio da Silva, um movimento de pinceladas curtas e ritmadas. Djanira mostra a exuberância de seu tipo brasileiro bem acentuado. Raimundo de Oliveira é uma imagem rude, tosca, torturada e sofrida. Livio Abramo é puro sentimento apesar (ou justamente por isso) da contenção expressionista, enquanto o grande Oswaldo Goeldi surge delineado, mas com rigor. Ado Malagoli mostra-se em sua ainda juventude e Pancetti e Guignard são dois exemplos bem acabados de culto da auto-imagem: pintaram-se repetida e continuamente um sem par de vezes. Segall e Portinari, expressões marcantes e referências definitivas. Iberê Camargo mostra-se magistral na fase final de sua obra utilizando-se da autoreferência como uma quase "necessidade" enquanto assunto pictórico, embora se conheça apenas um auto-retrato dos tempos de seus primeiros passos profissionais. Mas, à parte, entre os nacionais permanece a inquietante presença de Ismael Nery (considerado um dândi) que em sua curta existência retratou-se com maestria. A presente exposição neste site procurou focalizar de modo múltiplo e abrangente - o quanto nossa pesquisa conseguiu permitir - toda a gama de sentimentos que a figura humana pode expressar, desde a mais funda melancolia à pura e transbordante alegria. O mais turvo e profundo retrato verte o mais diáfano e raso olhar, a mais dolorida e rasgada solidão, o grito mais intestino, a aspereza de uma noite angustiante.Modernos ou clássicos, abstratos ou realistas, em tons claros e escuros, surrealistas ou acadêmicos, ingênuos ou contrastados, sombrios, geométricos e estilizados, ou ainda cubistas, todos expressam a imagem idealizada: a pulsação da vida.
(Renato Rosa – co-autor do Dicionário de Artes Plásticas no Rio Grande do Sul)
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