4 de março de 2010

Ruínas vão virar espaço cultural em Jaguarão



Militares limpam área da antiga Enfermaria Militar, construída em 1880, no Cerro da Pólvora. No local, será criado o Centro de Interpretação do Pampa, preservando as ruínas.
Está em ritmo acelerado o trabalho das equipes que fazem o projeto arquitetônico e a concepção museológica e museográfica do Centro de Interpretação do Pampa. A criação do local se deve a uma parceria, assinada no final de janeiro, entre a Universidade Federal do Pampa (Unipampa), a Prefeitura de Jaguarão e a empresa Brasil Arquitetura, de São Paulo. Esta fará o projeto arquitetônico e museográfico. O município está incluído no Programa de Aceleração do Crescimento das cidades históricas e no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A estimativa é que o Iphan libere R$ 7 milhões.
O local do museu será as ruínas da antiga Enfermaria Militar, construída em 1880, no Cerro da Pólvora, ponto mais elevado de Jaguarão. A reitora da Unipampa, Maria Beatriz Luce, assegura que as ruínas ficarão intactas, com seu aspecto atual. Serão construídos novos pisos, paredes e tetos, predominantemente em vidro e concreto. O museu também abrigará um auditório com 117 lugares, escavado na rocha, para a realização de conferências. A perspectiva é de que, em 30 dias, seja entregue a primeira fase do projeto de arquitetura e que, dentro de cinco meses, o mesmo esteja completo. A reitora diz que 20 grupos, compostos por pesquisadores, professores e acadêmicos, atuam na pesquisa, entre outras áreas, como Literatura, História, Antropologia Visual, Botânica e Zoologia.
O objetivo principal do Centro de Interpretação do Pampa é ter um espaço de arquitetura e tecnologia contemporâneas, onde crianças, jovens e adultos possam vivenciar as muitas experiências de cultura e entretenimento. “Será um local dedicado à pesquisa acadêmico-científica e à experiência sensorial e estética sobre o bioma Pampa, além de mostrar a história de um povo, suas lutas e culturas”, ressalta a reitora.
Alunos e professores de educação básica da região também terão uma programação especial. Pesquisadores de todas as áreas do conhecimento poderão dispor de apoio e incentivo para suas atividades. “Será um dos museus mais atrativos do Estado, pelo seu valor histórico e contemporâneo. Vai estimular o desenvolvimento turístico do município e de toda região”, destaca o prefeito José Claudio Ferreira Martins.
As ruínas da Enfermaria Militar são tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul. “Estamos em processo de transferência deste bem para a responsabilidade da universidade”, destaca Maria Beatriz. A previsão é de que o museu esteja concluído dentro de dois anos.

fonte: Correio do povo - iphan

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